Sinal de retoma do turismo, entre janeiro e junho os municípios portugueses encaixaram mais de 19 milhões de euros com a cobrança de taxas turísticas, segundo as contas do DN/DV.
Este número representa uma variação de 650% face a igual período de 2021, mas ainda 13% abaixo do 1º semestre de 2019, ainda antes da pandemia. Até porque durante os últimos dois anos, foram várias as autarquias que suspenderam a taxa turística, e só agora voltaram a cobrar o montante aos hóspedes, que varia entre 1 e 2 euros.
Atualmente, são 11 as câmaras que cobram taxas turísticas nos estabelecimentos de alojamento turístico, nomeadamente Braga, Cascais, Faro, Lisboa, Mafra, Óbidos, Porto, Santa Cruz (Madeira), Sintra, Vila Nova de Gaia e Vila Real de Santo António.
Lisboa conseguiu a maior receita, de 12,4 milhões de euros entre janeiro e junho (6,5 milhões cobrados pelos empreendimentos turísticos e 6 milhões pelo alojamento local), ainda abaixo dos 14,6 milhões de 2019, quando a autarquia duplicou o valor cobrado de 1 para 2 euros, pagos pelos hóspedes com idade superior a 13 anos e até ao limite de 7 noites.
O Porto registou uma receita de 4,6 milhões de euros com a cobrança de taxa turística de 2 euros, também abaixo dos 6,6 milhões de euros registados no 1º semestre de 2019. Aqui, o alojamento local representa cerca de 60% da receita.
Destaque para Vila Nova de Gaia, que começou a cobrar taxa turística em 2019, de 1 euro em época baixa e 2 euros em época alta, e que regista uma subida de 49% face a esse ano.
No próximo ano, os Açores deverão também começar a cobrar taxa turística, de 1 euro por dormida nos alojamentos turísticos, num máximo de 4 noites, ou 2 euros por passageiro desembarcado em navio de cruzeiro ou embarcações de recreio em escala.