A cidade de Lisboa encerrou o 1º semestre com uma média de 1.600 metros quadrados tomados por cada transação, algo que nunca antes foi visto: antecipa-se assim, um ano ímpar para o mercado de escritórios, de acordo com a JLL.
De janeiro a junho, na capital, o take-up deste período ascende já a 168.000 metros quadrados, superando assim as absorções anuais registadas tanto em 2020, como também em 2021.
Até junho, o mercado de Lisboa totalizou 104 operações com uma área média de 1.615 metros quadrados, sendo as zona do Parque das Nações a mais procurada (30% da absorção), seguida pela Nova Zona de Escritórios (24% do take-up). No que à procura diz respeito, foram as empresas de “Serviços Financeiros” as líderes, com 47% do take-up.
Porto
Já no Porto, a atividade semestral subiu para 30.000 metros quadrados, num total de 35 operações com uma área média de 865 metros quadrados.
Quando comparado com o mesmo período de 2021, o crescimento foi de mais de 100%. O Central Business District (CBD) - Baixa atraiu o maior volume de ocupação (38%), sendo as empresas de “TMT’s & Utilities” as mais dinâmicas a ocupar escritórios no Porto nestes seis meses (50%).
Para Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, «apesar da conjuntura económica mais desafiante, as empresas estão a regressar em força aos escritórios e a procura de áreas grandes continua a ser um dos principais requisitos. No mês de junho voltámos a ver isso, com as áreas superiores a 1.000 m2 a concentrarem um terço das operações em Lisboa e metade no Porto. Da nossa parte, temos estado especialmente ativos neste tipo de colocação e em junho atuámos na maioria dos negócios com áreas grandes, incluindo a maior do mês, que superou os 7.000 metros quadrados. Acreditamos que este tipo de procura vai continuar a dinamizar bastante o mercado e a gerar muitos pré-arrendamentos».