Liderado pela Start Campus, o projeto do Sines 4.0 foi apresentado esta sexta-feira numa cerimónia que contou com a intervenção do primeiro-ministro português, António Costa. Ao longo da sua intervenção o governante destacou as potencialidades de Sines, como a ligação a cabos marítimos de dados ou a capacidade para a produção de energia, classificando a cidade como «um enorme ativo».
O projeto Sines 4.0 prevê a construção de cinco edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts (MW) de energia aos servidores, com 90 MW cada, e ficará localizado nos terrenos contíguos à central termoelétrica a carvão recentemente encerrada.
Prevendo um investimento global de 3.500 milhões de euros – o maior investimento estrangeiro em Portugal desde a Autoeuropa, segundo o Governo - a Smart Campus é a empresa responsável pelo projeto desde centro de dados, com o qual, diz, será possível dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia, fornecedoras de diversos serviços, do ‘streaming’ às redes sociais.
«Numa economia do futuro, cada vez mais digitalizada, a circulação de dados é crucial», destacou António Costa durante a apresentação do projeto. «Tal como foi o ponto de partida de vasco da Gama, Sines é também o local de excelência para a instalação de novos cabos de interconexão digital entre a Europa e outros destinos», afirmou o primeiro-ministro, rematando que «tal como o Porto de Sines trouxe a indústria associada ao transporte de bens e mercadorias, necessariamente os cabos de Sines fazem ponto de ligação para toda a indústria assente em tecnologia».
António Costa diz ainda que com este projeto «será possível a Portugal «conjugar aquilo que é a nossa ambição de liderar na transição digital mas também na transição climática.»