Salão Imobiliário de Portugal regressa de 10 a 12 de abril

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O SIL espera receber 30.000 visitantes este ano

O SIL – Salão Imobiliário de Portugal regressa à FIL, no Parque das Nações, de 10 a 12 de abril, realizando-se novamente em simultâneo com a Tektónica. Cidades, habitação ou tecnologia serão alguns dos temas em destaque este ano. Ocupando uma área de 15.000 metros quadrados, a organização espera receber cerca de 30.000 visitantes este ano.

Sérgio Runa, gestor do Salão Imobiliário de Portugal, refere em entrevista à VI que «o SIL é um evento de referência que reúne profissionais e interessados do setor imobiliário e da construção». A organização «mantém uma postura muito otimista» em relação a esta edição, e reforça a importância do SIL «como ponto de encontro para investidores e profissionais».

«Na edição de 2025 espera-se que os debates reflitam os atuais desafios e oportunidades do mercado», e, este ano, o SIL apresenta um novo programa de conferências mobilizador da agenda do mercado imobiliário, em co-organização com o Grupo Iberinmo que traz os seus parceiros de media generalista – a CNN e o Jornal Público. Num momento em que Portugal regressa a eleições em dois meses, o SIL vai ser o momento perfeito para debater as opções políticas de habitação e da fileira da construção e do imobiliário.

Um destes temas em destaque diz respeito à habitação. Especialmente num momento em que o país volta a eleições já em maio, os principais partidos poderão partilhar as suas propostas sobre o tema no SIL, na conferência “Uma política de habitação para Portugal – as propostas”, que decorre dia 10 de abril. 

Por outro lado, uma nova geração de investidores está a apostar na promoção e investimento residencial, procurando corresponder às necessidades e a novas formas de viver. «Novos conceitos, como o Flex-Living, Co-Living, Residências de Estudantes e Sénior Living. Importa perceber quem são os investidores que protagonizam estes novos investimentos e qual a realidade que já estão a realizar na Europa». A sessão “Novos modelos de habitar - do Flex-Living ao Arrendamento” será dedicada a este tema, e realiza-se no mesmo dia. 

As cidades vão estar em grande destaque. Hoje, «vivem entre a pressão da atração de novos residentes e turistas, e a disponibilidade de habitação para os jovens portugueses. Um dos desafios que iremos colocar aos municípios que estarão presentes é como equilibrar o desenvolvimento sustentável do território». Este será um dos principais temas do ciclo de conferências “SIL Investment Pro 2025”. No dia 11 de abril, realiza-se a sessão “Cidades para todos – O desafio da inclusão social”.  

No que diz respeito à mediação imobiliária e ao financiamento, Sérgio Runa aponta que «sempre vieram associados, mas agora com regras mais claras e com a estruturação da figura da intermediação de crédito, o que traz novos players para este mercado». Além disso, «a digitalização da economia lança desafios a toda a fileira, e importa perceber o que nos antecipa o futuro». Terá foco neste assunto o debate “O futuro da Mediação Imobiliária e do Financiamento”, que decorre igualmente no dia 11.  

Sérgio Runa refere que entre as novidades da programação do SIL em 2025 estão debates específicos a pensar no cliente final. Parte do ciclo de conferências, «além da abordagem de temáticas mais direcionadas aos profissionais do setor, temos também o dia 12 dedicado a temas mais focados no público final», com as sessões “Como investir em imobiliário com apenas 1000€? Tudo o que precisa de saber para contratar o melhor crédito” ou “Como fazer o melhor investimento na compra de habitação?”.  

Sérgio Runa considera que «pela sua atualidade, estes temas refletem a complexidade do setor e destacam a necessidade de soluções inovadoras e políticas públicas eficazes para enfrentar os desafios atuais e aproveitar as oportunidades emergentes, pelo que, certamente, serão abordados nas diferentes intervenções».

Sérgio Runa, gestor do SIL

 

Aveiro é a cidade em destaque  

Este ano, a cidade em destaque será Aveiro. Esta escolha justifica-se «com o facto de este município ser um exemplo de boas práticas e um local estratégico para o investimento imobiliário, atraindo ainda mais visibilidade a nível nacional e internacional». Por outro lado, «tem implementado diversos programas de reabilitação de espaços urbanos, aumentando o potencial para investidores e apresenta um mercado imobiliário em franca expansão e desenvolvimento, tanto em áreas urbanas quanto na periferia, com oportunidades para habitação, comércio e serviços, manifestando igualmente uma forte preocupação com a habitação social e a custos controlados». Enquanto smart city, Aveiro «tem tido destaque com vários projetos nas áreas da mobilidade urbana, sustentabilidade e transição energética, bem como na utilização de energias renováveis».

Prémios SIL do Imobiliário  

A cerimónia da 16ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário decorre a 10 de abril, pelas 20h. Um dos pontos altos do salão, contará com mais de 50 candidaturas a concurso, e vai premiar a qualidade e a inovação nas áreas da promoção imobiliária, do desenvolvimento urbano, das autarquias, das obras públicas, da habitação, do arrendamento, da construção sustentável, da reabilitação urbana, da comunicação e da inovação. 

Auditório SIL Hub Stage by Urbanitae 

Durante os três dias do salão também estará patente o Auditório SIL Hub Stage by Urbanitae, no interior do Pavilhão 1 da FIL, «com um vasto programa de iniciativas também elas dedicadas a profissionais e público em geral, como apresentações de novos empreendimentos, novos programas ou soluções de habitação, novos produtos ou serviços para o setor imobiliário, entre outros».

Sustentabilidade e inovação tecnológica vão dinamizar o imobiliário em 2025  

Sérgio Runa acredita que, este ano, «o setor imobiliário em Portugal deverá passar por uma evolução positiva, impulsionada por diversos fatores económicos, sociais e tecnológicos». Salienta que se espera um aumento do investimento (comercial) em 2025 para cerca de 2.500 milhões de euros, «refletindo um crescimento de 8% em relação a 2024».

Nos próximos anos, as empresas deverão continuar a apostar em áreas como a sustentabilidade e a eficiência energética, numa altura em que «a preocupação ambiental levará a uma valorização dos imóveis equipados com tecnologias verdes ou materiais sustentáveis».

Em paralelo, «a inovação tecnológica onde a digitalização transformará o setor, com a adoção de ferramentas como virtual tours e plataformas de gestão imobiliária, aumentando a transparência e eficiência dos processos, bem como a reconfiguração do retalho, onde os espaços comerciais evoluirão para oferecer experiências integradas ao digital, com foco em soluções sustentáveis e espaços de convívio, adaptando-se às novas necessidades dos consumidores». Sérgio Runa acredita que «todas estas apostas contribuirão para contrariar os desafios que persistem na economia como seja a crise habitacional, com a escassez de habitação acessível a continuar a ser um desafio, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os preços aumentaram significativamente nos últimos anos».

Seja como for, acredita que este será um ano de oportunidades e desafios, e que «a sustentabilidade, a inovação tecnológica e as políticas públicas direcionadas serão fundamentais para moldar o futuro do mercado imobiliário no país».