Este foi um dos pedidos feitos pela APR numa reunião recente com a secretária de Estado do Turismo, cujo objetivo foi a discussão do balanço da execução das medidas de apoio anunciadas pelo Governo e o debate de novas medidas para alavancar, a médio prazo, a procura por Portugal por parte dos investidores estrangeiros. Acontece numa altura em que a crise sanitária «está a ter efeitos inéditos em toda a cadeia de valor do setor do turismo residencial».
A APR pede que estas medidas vigorem pelo menos até ao final de 2021. Acredita também que «seria essencial» reativar o regime dos Residentes Não Habituais, e das Autorizações de Residência para Investimento (“golden visa”), tornando-os «mais competitivos para fazer frente à batalha já aberta por outros países na angariação de investidores nos mercados internacionais», pode ler-se em comunicado.
Na reunião em causa, a APR referiu que, a longo prazo, as principais preocupações passam pelo acesso ao financiamento comunitário, estatal ou bancário. As principais incertezas incluem a inclusão do Algarve como região elegível dada a «especial dureza do impacto da crise, a elegibilidade de detentores de concessões de longo prazo para apoios a projetos estruturantes da oferta turística regional e a necessidade de avaliar a importância dos próprios projetos mais do que a dimensão das estruturas acionistas dos seus promotores».
Para Pedro Fontainhas, Diretor Executivo da Associação Portuguesa de Resorts, «está em causa a viabilidade de um setor determinante para a recuperação económica de Portugal. São necessárias mais medidas para a rápida recuperação de dezenas de empresas, de milhares de colaboradores e suas famílias e de muitos milhões de euros de atividade económica e receitas fiscais».
E conclui que «o turismo e o imobiliário têm estado entre os principais motores da economia portuguesa ao longo dos anos. São indústrias que importa proteger empenhadamente e com realismo pois pode estar em causa a sua capacidade de ajudar eficazmente o país quando delas mais necessitar».