De acordo com os números do Índice de Rendas Residenciais da Confidencial Imobiliário, é necessário recuar ao 1º trimestre de 2017 para encontrar uma variação homóloga inferior, no caso de 5,3%. Mas em termos trimestrais as rendas voltaram a acelerar o seu crescimento, numa variação de 2,2% face aos 0,2% do trimestre anterior.
O comportamento homólogo confirma a tendência de abrandamento nas subidas das rendas iniciada no 2º trimestre de 2018, quando a variação atingiu os 13%, uma «perda de fôlego consistente», segundo a Ci. Só na segunda metade do ano passado as variações ficaram abaixo dos 10%.
De acordo com os dados, no Porto as rendas também moderaram a subida homologa, que se situou nos 8,2%, também a menor subida em dois anos. Em 2019 registou-se uma clara desaceleração, com a variação homóloga no final de 2019 a ficar 10,7% abaixo da subida de 18,9% registada um ano antes. Tal como a nível nacional, em termos trimestrais a nota é de aceleração, com uma variação em cadeia no trimestre de 3,1%.
Já em Lisboa, o padrão é mais marcado. As rendas subiram apenas 1,4% em termos homólogos no último trimestre do ano, uma variação relativamente residual que iguala o ritmo registado por este mercado em 2014, quando começava a recuperação do mercado, depois de um período de perdas acumuladas de 18,4%, face a 2010.
O abrandamento é ainda mais expressivo se comparado com a subida de 21,9% registada no início de 2017, subindo quase sempre acima dos 17% nesse ano e no seguinte.
Na variação em cadeia, a subida foi de 1,8% face ao trimestre anterior, que compara com a quebra de 1,4% do terceiro trimestre – aquela que tinha sido a primeira descida do IRR para Lisboa em três anos.