É no Porto que mais cresce esta procura, e é também o distrito com mais peso na procura por este tipo de habitação. Destaque também para os distritos de Beja, Braga, Portalegre, Porto e Évora, que registam também os maiores índices de crescimento da procura média diária por moradias.
Contudo, em número destacam-se Lisboa, Porto, Setúbal, Braga e Santarém, com 29,7%, 14,9%, 12,4%, 8,3% e 7,2%, respetivamente, da procura gerada. São estes os distritos com mais oferta e mais população.
Por outro lado, a procura por apartamentos está agora 20% abaixo da registada no início do ano, apesar de ter registado alguma retoma nos últimos dois meses.
Beatriz Rubio, CEO da Remax, comenta em comunicado que «falar de mudanças de hábitos e de comportamentos por parte dos consumidores pode ainda ser prematuro, contudo nestes dois últimos meses do chamado período de desconfinamento a Remax notou uma certa mutação na procura».
A responsável explica que «os apartamentos continuam a ser, como sempre foram nas últimas décadas, a grande fatia do mercado habitacional, pelo que serão sempre alvo de maior procura. Todavia, as preocupações recentes com questões de segurança sanitária têm conduzido a uma maior procura por moradias, quintas e terrenos. Sendo estas preocupações circunstanciais e que não nos permitem ainda assegurar como facto consumado poder estar a ocorrer uma mudança de paradigma na procura por habitação, serão ainda precisos alguns meses para tomarmos essa mudança como certa. O certo neste momento é o facto de estarmos a recuperar a dinâmica dos meses anteriores à pandemia, com os níveis de procura a crescerem».
Sem grande surpresa, os compradores portugueses ganham peso na compra de imóveis, em detrimento dos clientes estrangeiros, que se confrontam com as limitações das viagens internacionais.