A informação foi divulgada pela rede de mediação imobiliária, dando conta que 76,5% negócios concluídos na primeira metade do ano, 19.317, correspondem a compra e venda; e que os clientes portugueses representaram 82,3% das transações.
Suportada por estes resultados, em nota enviada à imprensa, a Remax Portugal atesta que apesar da quebra registada na segunda metade de março e em abril, maio e junho foram meses de recuperação, com um forte crescimento na procura.
«A empresa fecha a primeira metade do ano com uma ligeira descida destes indicadores face ao período homólogo, contudo, os resultados alcançados nos primeiros meses do ano, com crescimentos na ordem dos 15% e a recuperação em curso, registada já nos últimos dois meses, permitiram à rede atenuar as quebras da segunda metade de março e do mês de abril, início do contexto pandémico», pode ler-se no documento.
Entre janeiro e junho, 17,7% das transações imobiliária mediadas pela Remax Portugal foram protagonizadas por estrageiros. Logo a seguir aos investidores domésticos, os Brasileiros foram os mais representativos neste mercado, liderando 5,6% das transações totais, seguindo-se depois os Franceses e os Chineses, com quotas de 1,3% e 1,2%, respetivamente.
«O ano de 2020 arrancou da melhor forma para o setor imobiliário, contudo houve um abrandamento da atividade do mercado devido à pandemia, essencialmente notório na segunda quinzena de março e durante o mês de abril. Ainda assim, não temos dúvidas que nos encontramos numa fase de recuperação, com os indicadores a evoluírem favoravelmente de dia para dia. Se maio e junho foram meses que alavancaram a atividade, desenhando uma linha de recuperação, julho revela-se já como um mês ainda mais promissor», afirma a CEO da Remax Portugal, Beatriz Rubio.
Reconhecendo que «o imobiliário, como tantos outros setores da nossa economia, vive uma fase de incerteza e alguma transformação», a responsável sublinha ainda que «das possíveis mudanças no tipo de imóveis mais procurados, à crescente importância da tecnologia no processo temos vindo a adaptar-nos, antecipando a aposta nos canais online, através da implementação de um sistema integrado de visitas virtuais e vídeo visitas, que a par da formação contínua dos consultores, garantem maior conforto e segurança a quem quer comprar e a quem quer vender».
Entre os tipos de propriedade mais comercializados na primeira metade do ano, a Remax destaca os apartamentos, moradias e terrenos, representando 60,1%, 25,6% e 6,9% respetivamente. Recorde-se que no último trimestre, começou a ser evidente um aumento na procura por moradias. No caso dos apartamentos, as tipologias mais procuradas são os T2 (46,8%) e T3 (33,9%).
Relativamente ao número de transações, Lisboa (3.229 – 12,8%), Sintra (6,8%) e Cascais (3,9%) são os concelhos com maior peso no número de transações.