QIC! já financiou 6 milhões em projetos “sobretudo de reabilitação”

A Querido Investi Numa Casa! é a primeira plataforma online 100% portuguesa de crowdfunding imobiliário, autorizada pela CMVM, para captar investimento junto de Investidores Não Qualificados (pequenos investidores particulares), bem como de Investidores Qualificados.Em fevereiro deste ano, a plataforma portuguesa fechou a «maior operação de financiamento colaborativo realizada até à data em Portugal» A transação Estoril Property arrecadou um total de 3 milhões de euros em apenas dez dias, com uma rentabilidade bruta para os seus investidores de 6,5% ao ano.Até ao momento, a plataforma de crowdfunding já concretizou «10 operações e financiámos cerca de 6 milhões de euros em projetos, sobretudo de reabilitação. Importa salientar que nos últimos 12 meses financiamos cerca de 4.500.000 euros esperando-se que 2023 seja um ano excecional para a nossa atividade», indica Paulo Carreira Silva, Managing Diretor da QIC!, em entrevista à Vida Imobiliária. “A maior plataforma de Crowdfunding Imobiliário com projetos em território nacional”A plataforma iniciou as suas atividades em 2019 e desde essa data, «mesmo passando pelo período de pandemia, é a maior plataforma de Crowdfunding Imobiliário com projetos em território nacional», destaca Paulo Carreira Silva.Enquanto contributo para o desenvolvimento deste modelo de investimento em Portugal, o responsável indica que «estamos a desenvolver a nossa atividade comunicacional muito centrada na promoção das nossas operações junto dos mercados de investidores e promotores, apoiando desta forma o desenvolvimento do setor, sobretudo na componente de literacia financeira».Ao ser questionado sobre qual é o tipo de entidades que financiam os projetos que colocam na plataforma, Paulo Carreira Silva constata que «em número, o mais representativo, serão indivíduos ou famílias que investem de 50 a 2.500 euros», adiantado que têm «um segundo grupo, eventualmente mais sofisticado e/ou com maior disponibilidade financeira, mas em menor número, que investem entre 20.000 e 100.000 euros, composto por pessoas ou empresas e que vêm aqui uma alternativa robusta para aplicação das suas poupanças num horizonte de curto a médio prazo». O responsável acrescenta ainda que contam com entidades com perfil de investidor profissional «com que temos protocolado o investimento em alguns projetos», refere.Processo de investimento “muito simples”O Managing Diretor da QIC! realça que o processo de investimento «é muito simples». Para isso, basta «apenas Criar Conta de Investimento na QIC! e fazer alguns "cliques” e ações na nossa aplicação para concretizar o investimento». O responsável reforça que a plataforma não cobra quaisquer comissões ou custos aos Investidores, nem na fase de investimento, nem durante o período de investimento. O modelo crowdfunding «será tipicamente uma operação de mútuo, em tudo semelhante à efetuada pelo setor bancário tradicional», refere.Quanto à rentabilidade média da plataforma, «importa salientar que com esta dinâmica de juros crescentes, o valor médio não reflete a realidade atual. Não obstante o valor médio teórico, desde a primeira operação, situa-se nos 5,78%», indica o responsável pela QIC!.“Estamos em fase avançada de lançamento de duas operações”O responsável avança que, em termos concretos, estão «em fase avançada de lançamento de mais duas operações, uma em março e outra em maio, num montante global acima dos dois milhões de euros».Mercado do Crowdfunding imobiliário está a “dar primeiros passos” em PortugalPor conta de o mercado do Crowdfunding imobiliário estar a dar os seus primeiros passos em Portugal, «o número de projetos que temos em carteira em simultâneo tem sido reduzido», refere Paulo Carreira Silva, explicando que «privilegiamos a qualidade e dimensão de cada projeto a financiar em detrimento da quantidade de projetos disponíveis na plataforma».Paulo Carreira Silva atenta também para o facto de o setor do Crowdfunding precisar de «ser mais divulgado junto dos promotores imobiliários e dos financiadores e nós, enquanto operadores das plataformas, temos de ser extremamente cuidadosos nos projetos que apresentamos a financiamento. O insucesso de um pode ser o insucesso de todos, sobretudo nesta fase, digamos inicial, do setor».O facto de a banca delongar a sua resposta aos pedidos de financiamento, torna o crowdfunding “uma alternativa” ou até mesmo “uma resposta” face às dificuldades impostas pela banca?Paulo Carreira Silva concorda: «sim, de facto uma das nossas vantagens competitivas é a rapidez de análise e de lançamento das operações de financiamento». O responsável adianta ainda que «o modelo que temos oferece ao promotor um produto único pois além da rapidez, tem associada a possibilidade de a devolução do capital ser efetuada somente no final do projeto e se o LTV assim o proporcionar, podemos até financiar os juros e demais despesas».O Managing Director da Querido Investi Numa Casa! considera que «o setor imobiliário em Portugal tem ainda condições para acomodar ajustamentos em alta das taxas de juro. O principal problema do imobiliário atualmente em Portugal advém sobretudo do lado da procura e enquanto se mantiverem os drivers que suportam esta procura, os preços vão manter-se elevados».No entanto, revela que a QIC! «está preparada para os momentos mais complexos que possam vir a surgir, apostando também em projetos com menores exigências em termos de licenciamento e de prazos de concretização, reduzindo desta forma o impacto do financiamento na rentabilidade global dos projetos, reduzindo também e por essa via, o risco para quem os financia».

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES