PvW Tinsa prepara-se para o futuro com olhos postos no crescimento

A Vida Imobiliária falou com José Manuel Morgado, partner da PVW Tinsa.
José Manuel Morgado, partner da PVW Tinsa

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A Vida Imobiliária falou com José Manuel Morgado, partner da PVW Tinsa, a empresa especialista em avaliações que em 2019 resultou da fusão da portuguesa PVW com o gigante espanhol Tinsa. «No mundo de hoje, cinco anos já correspondem a um período muito significativo no ciclo de vida de uma organização», ainda para mais quando coincide com uma altura de grandes perturbações globais, como uma pandemia, novos focos de guerra e quebra na atividade económica, entre tantas outras disrupções que marcaram este período. «Os nossos resultados falam por si, e vêm confirmar de forma sólida o sucesso desta fusão», afirma o responsável, sublinhando que para tal «não só foram muito importantes as sinergias geradas, como o facto de a disponibilidade de capital para investimento que existe no grupo nos permitir olhar para o futuro com uma visão de crescimento otimista».

Nesta fase, «as metas estratégicas definidas pela PVW Tinsa para 2024 estão alinhadas com a estratégia global do grupo Tinsa, que ao longo dos últimos dois anos tem estado a trabalhar com equipas de consultores especializados em várias áreas chave», diz José Manuel Morgado.

Embora sem detalhar mais pormenores, o responsável adianta que para este ano «as palavras-chave são: crescimento sustentado do EBITDA, diversificação de negócio, dispersão geográfica, ESG, “brand awareness” e IT». Apesar dos novos desafios aportados ao mercado imobiliário, e à economia em geral, pela inversão do ciclo das taxas de juro, com várias subidas consecutivas ao longo do último ano, levando a um abrandamento no ritmo de transações no setor residencial,

José Morgado faz um balanço positivo do último ano. Até porque, nota, «a PVW Tinsa atua no mercado imobiliário com várias linhas de serviços na área da avaliação, e a redução do volume de pedidos que nos chegam para efeitos da concessão de crédito à habitação foi acompanhada por um aumento de atividade noutro tipo de trabalhos, o que nos permitiu fechar o ano de 2023 com um crescimento do EBITDA face a 2022. Quanto a este ano, o objetivo é voltar a crescer em termos anuais», esclarece.

Negócios terão de se adaptar ao novo contexto de mercado

Com o Green Deal e a Estratégia de Finanças Sustentáveis impostos pela União Europeia, o responsável não tem dúvidas que «nos próximos anos vamos assistir a várias mudanças e a maiores necessidades de adaptação das empresas e dos seus negócios a este novo contexto», que impactará profundamente o setor imobiliário. A PVW Tinsa não será exceção, até porque «o mundo da avaliação imobiliária é um mundo de consultoria especializada, o que também nos obrigará a alguma adaptação», diz.

Neste sentido, explica, a estratégia delineada pela empresa irá atuar a dois níveis. «A nível interno, estamos a adotar e a sistematizar as práticas empresariais que vão no sentido das novas orientações, normas e tendências. No output do serviço, que são os relatórios de avaliação de ativos, há que passar a considerar o impacto desses novos critérios no valor».

Entretanto, a PVW Tinsa já tem uma área de negócio voltada para novas necessidades que surgem nesta fase de transição do mercado imobiliário, tendo desenvolvido uma parceria com a Data Centric – também do grupo Tinsa – para disponibilizar em Portugal um serviço de classificação de carteiras de imóveis ao nível da eficiência energética e de análise de riscos ambientais.

«Mais do que um grupo de avaliação, hoje a Tinsa agrega um conjunto de empresas de IT, com dispersão mundial, pelo que ao utilizarmos a informação que temos em base de dados temos tido a capacidade de disponibilizar, com sucesso, esse serviço, nomeadamente às entidades do setor financeiro», frisa José Manuel Morgado.

Lançado no mercado nacional em 2023, «o serviço de atribuição de classificação energética das carteiras imobiliárias tem vindo a ser prestado essencialmente para várias instituições financeiras que são nossas clientes». Embora por agora ainda seja difícil estimar o seu peso, por ser uma área recente, a expetativa é que esta linha de serviço «possa vir a tornar-se cada vez mais relevante para o negócio global do grupo».

Contudo, a seu ver, o novo serviço de análise de risco ambiental, que a empresa também já desenvolve no mercado português, é nesta fase o que apresenta ainda melhores perspetivas de crescimento. A certificação energética é outra das linhas de serviço prestadas pela PVW Tinsa, paralelamente ao seu core business: a avaliação.

«A certificação energética é menos impactante no negócio em Portugal comparativamente aos outros países onde estamos presentes», reconhece José Manuel Morgado, acrescentando que «temos recursos próprios habilitados a prestar esse tipo de serviços, assim que o entendermos como linha de orientação a reforçar». E, em vésperas de arrancar o processo de transposição da nova Diretiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), «estamos atentos às alterações legais e às mudanças aportadas pela nova diretiva, que irão impactar no valor dos imóveis e, como tal, terão de ser levadas em consideração ao valor atribuído no processo de avaliação», remata.

Otimismo prudente para 2024

Olhando em perspetiva, na PVW Tinsa «a nossa visão é de otimismo e de continuidade do interesse por parte dos investidores estrangeiros pelo nosso país, desde que haja estabilidade legal e fiscal», afirma José Manuel Morgado. Recentemente, aponta, «temos vindo a assistir a uma maior descentralização do investimento imobiliário, com apostas em zonas emergentes do país, sendo o investimento muito diversificado em termos sectoriais, estendendo-se aos segmentos residencial, hoteleiro e alternativos. Este paradigma aplica-se tanto no território continental, sobretudo ao longo da linha litoral, como aos arquipélagos».

Sobre os desafios e oportunidades que atualmente se abrem, este especialista considera que «a nova lei do licenciamento é ainda um pouco confusa, mas cremos que depois de estabilizada e pontualmente esclarecida pode vir a ter efeitos positivos e até à necessidade de novos serviços complementares à nossa atividade», além disso, diz ainda, «o comportamento das taxas de juro e inflação permitem ter uma visão otimista, embora prudente, para 2024».