O setor do alojamento turístico registou um total de 208.200 hóspedes e 472.900 dormidas no mês de fevereiro, variações de -86,9% e -87,7%, respetivamente, face a igual mês de 2020.
Segundo os números agora divulgados pelo INE, em pleno segundo confinamento, fevereiro foi o mês com maior redução do número de dormidas, apenas ultrapassado por abril e maio de 2020, durante o primeiro confinamento, com descidas de -97,4% e -95,8%.
Em fevereiro, as dormidas de residentes desceram 74,8%, e as de não residentes recuaram 94,4%. A taxa líquida de ocupação por cama fixou-se nos 8,5%, uma quebra de 26,7%.
Consequentemente, os proveitos totais registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram os 18,6 milhões de euros, num total de 14,3 milhões de euros de proveitos de aposento, variações de -90,5% e -89,7%.
Os números mostram também que, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível situou-se nos 5,7 euros em fevereiro, menos 80,1% que no período homólogo. O rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 47,2 euros em fevereiro, uma variação homóloga de -27,9%.
Descidas perto dos 70% num ano de pandemia
Nas estatísticas divulgadas esta semana, o INE incluiu ainda um destaque com os resultados acumulados entre março de 2020 e fevereiro de 2021. Nesse período, o setor do alojamento turístico em Portugal registou um total de 8 milhões de hóspedes e 20 milhões de dormidas, refletindo descidas de 70,9% e 71,7%, respetivamente, face ao acumulado dos 12 meses anteriores.
Nesse período, as dormidas de residentes desceram 44,1% e as de não residentes 83,7%.
Durante este primeiro ano de pandemia, os proveitos somaram os 1.100 milhões de euros, menos 73,7% que no período anterior, e os de aposento 863,3 milhões de euros, menos 73,5%, numa perda de 3.200 e 2.400 milhões de euros, respetivamente, face ao período acumulado anterior.