Terras da Comporta: um exemplo de "caminho para a sustentabilidade sem sacrifício de qualidade de vida"

Como avançou a Vida imobiliária no passado dia 22 de abril, a Vanguard Properties firmou uma parceria com a Energia Unida, do Grupo Greenvolt, com o intuito de desenvolver uma comunidade de produção descentralizada de energia para o projeto imobiliário "Terras da Comporta", um projeto que abrange os loteamentos Torre, em Alcácer do Sal e o Dunas, em Grândola, totalizando 1.376 hectares.Em declarações à VI, Manuel Collares Pereira, Consultor Científico da Vanguard Properties, refere que este projeto está em harmonia com os objetivos estratégicos da Vanguard, que sustenta «uma postura totalmente enquadrada com o tema do Desenvolvimento Sustentável e propõe-se oferecer aos seus clientes oportunidades de investimento, melhor dizendo, de qualidade de vida», assumindo nos seus projetos «uma abordagem de eficiência máxima na utilização dos recursos, na concepção, nos materiais, na construção, na energia, na gestão da água e dos resíduos, na gestão da oferta em termos de serviços».O projeto Terras da Comporta é um grande exemplo disso, onde, segundo Manuel Collares Pereira, a «sustentabilidade será até levada mais longe, explorando aspectos sociais, relacionados com o abastecimento local, por exemplo de alimentos ou da fixação e desenvolvimento para a existência de mão de obra local e integrada, desde a construção à prestação de serviços». Assim sendo, num projeto que está mais do que enquadrado «com as metas verdes europeias, cujo cumprimento, no fundo, está a antecipar», nas Terras da Comporta, a ideia assente «na produção individual e partilha é o conceito fundamental por detrás de uma comunidade energética» poderá «ser implementada com uma diversidade e escala que fazem deste projeto um projeto pioneiro», de acordo com o Consultor Científico da Vanguard Properties.A parceria com a Energia Unida, que vai «facultar aos consumidores, energia eléctrica com uma tarifa que poderá cifrar-se numa redução de 40% face à tarifa convencional e por um período não inferior a 15 anos», o projeto, quando estiver completamente desenvolvido, «poderá atingir uma potência instalada de 7MW, para um investimento total da mesma ordem de grandeza em milhões de euros», segundo Manuel Collares Pereira, que sublinha que o «investimento final não está ainda definido». Para além de os consumidores terem ao seu dispor uma eletricidade «muito mais barata», vão ter a «certeza de que a origem renovável do seu consumo energético é aquela que necessitam de ter para o seu futuro sustentável», de acordo com declarações do Consultor Científico da Vanguard.Em termos práticos, esta gestão da energia pretendida no projeto, permitirá que cada consumidor continue «ligado à rede elétrica nacional e, para além do contrato que faz com a comunidade energética e da baixa tarifa de que beneficiará, poderá ser utilizador de mais eletricidade paga diretamente à rede, sempre e quando assim o entenda ou venha a necessitar», sendo que Manuel Collares Pereira confessa que «a pegada carbónica do projeto como um todo está ainda por determinar, mas propõe-se que seja negativa».O Consultor Científico da Vanguard Properties, Manuel Collares Pereira, em declarações à VI, assegurou que o impacto esperado desta produção descentralizada de energia na região será «muito grande», pois «demonstrará à evidencia que o caminho para a sustentabilidade pode ser percorrido sem sacrifício de qualidade de vida e de conforto» sendo que a região «viverá da prestação de um conjunto de serviços que fixarão pessoas e gerarão mais atividade económica, numa lógica que conterá premissas de sustentabilidade. Por exemplo, a valorização da produção local de alimentos, do desenvolvimento de atividades de saúde, desporto, etc» e «os MW elétricos produzidos localmente passarão a ser uma parte do balanço geral de produção de eletricidade do país».É intenção da Vanguard, como assegura Manuel Collares Pereira, adaptar este modelo de comunidade energética noutros projetos, sendo que «o ambiente urbano é favorável ao conceito de comunidade energética, juntando consumidores, edifícios residenciais, de serviços e até indústria, na partilha da energia produzida. A atual e recente legislação veio criar um ambiente muito mais favorável à expansão do conceito e isso é algo que nos apraz registar». «A capacidade que vamos tendo para aceitar tecnologia inovadora e formas de organizar e de estar diferentes do costume», para Manuel Collares Pereira, é o «principal desafio».

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