Os números agora divulgados pelo Eurostat dão nota de um evidente impacto da pandemia nesta atividade. Regista-se uma quebra na produção de 28,4% na zona euro, depois de um recuo de 17,5% em março. Na União Europeia, a descida foi de 24%, depois dos 15,1% registados no mês anterior.
As maiores descidas homólogas foram registadas em França (-60,6%), na Bélgica (-39,0%) e em Espanha (-32,6%). Pelo contrário, a Roménia, a Alemanha e a Finlândia registaram subidas de 812,2%, 0,9% e 0,8%, respetivamente.
Já na variação mensal, a descida em Portugal foi de 7,2%. Na zona euro, a variação foi de -14,6%, e na UE de -11,7%.
Face a março, as maiores quebras da atividade foram registadas rança (-32,6%), Espanha (-26,3%) e na Eslováquia (-10,0%).
Para dinamizar a recuperação do setor e também da economia, a AICCOPN | AECOPS defendem a entrada em prática do programa "Criar Resiliência na Indústria da Construção", apresentado ao Governo em março, e que visa assegurar a continuidade operacional do setor, mitigar o impacto da Covid-19 e os riscos de contágio, através da realização de testes e da criação de uma plataforma inovadora, em articulação com a DGS e demais autoridades, como a ACT e o IMPIC. As associações «consideram que este é o momento, estando disponíveis para avançar desde já com a plataforma que foi proposta, reafirmando que é indispensável a disponibilidade do Governo, para mobilizar os seus recursos no sentido de podermos implementar todos os mecanismos que garantam, de uma forma efetiva e continua, mais controlo e segurança para todas as empresas e trabalhadores da construção e do imobiliário».
Por seu turno, a APPII já lançou o Programa Relançar, que elenca uma série de medidas consideradas essenciais para dar um novo “boost” ao setor do imobiliário e construção. A descida do IVA para 6% na construção nova é uma das medidas propostas, a par do fim do AIMI ou do relançamento dos programas de investimento “golden visa” e Regime de Residentes Não Habituais.