Os preços da habitação em Portugal Continental mantiveram o ritmo de subida do último ano e meio e as vendas verificaram uma dinâmica semelhante à dos últimos meses, revela esta sexta-feira a Confidencial Imobiliário, ao apurar os resultados de outubro do Índice de Preços Residenciais, bem como do SIR-Sistema de Informação Residencial.
Assim, de acordo com o Índice de Preços Residenciais, os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 1,3% em outubro face a setembro, sustentando as variações mensais acima de 1,0%. Os preços registam um crescimento de 19,5% em outubro deste ano, em termos homólogos. A habitação verifica uma valorização de 16,4%, entre janeiro e outubro de 2022.
Conforme os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial, os «preços médios apurados para as transações concretizadas entre agosto e outubro confirmam este comportamento positivo da valorização, ao superarem um novo máximo histórico, posicionando-se em 2.131€/m2 em Portugal Continental», revela o databank.
No que toca à procura, a Confidencial Imobiliário prevê a realização de 39,7 mil transações de venda de habitação entre agosto e outubro deste ano, volume que fica apenas 1,6% abaixo do patamar dos três meses anteriores, quando se efetuaram 40,4 mil negócios.
«Os dados de outubro mostram que a nova conjuntura macroeconómica não trouxe, à data, um arrefecimento dos preços, os quais prosseguem a trajetória de valorização do último ano e meio. Ao mesmo tempo, a antecipada travagem na procura também não se tem verificado, tal como sugerem também os dados do Banco de Portugal sobre a evolução do crédito à habitação, que recuperou o ritmo de contratação em setembro, depois de quebras mensais nos meses de verão», constata Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.
O responsável completa a constatação referindo que «o mercado está, assim, a superar as expetativas dos operadores que, nos últimos inquéritos de confiança Portuguese Housing Market Survey (PHMS), se mostravam menos otimistas quanto à evolução das vendas, prevendo quebras, e que antecipavam também alguma moderação no crescimento futuro dos preços».