No 3º trimestre do ano, os preços da habitação registaram uma subida de 9,9% face ao período homólogo do ano passado, com mais expressão nas casas usadas (9,9%) do que na habitação nova (9,5%).
De acordo com o Índice de Preços da Habitação agora divulgado pelo INE, os preços das casas registaram uma subida de 3,6% face ao trimestre anterior, acelerando face aos 2,2% registados então. A variação nos preços das casas usadas foi de 3,9% e de 2,5% nos fogos novos.
A taxa de variação média anual do IPHab fixou-se nos 7,6% no 3º trimestre. O INE destaca que «pela primeira vez, nos últimos cinco trimestres, registou-se uma aceleração desta taxa, mais 0,7 p.p. que no trimestre anterior».
Segundo o INE, entre julho e setembro foram transacionadas 56.464 habitações, mais 25,1% que em igual período do ano passado. O valor das habitações transacionadas no trimestre de referência ascendeu a 9.400 milhões de euros, mais 38,7% que em 2020.
Do total das transações, 47.878 dizem respeito a fogos usados, mais 27,3% que no ano passado. Nos fogos novos, o aumento foi de 14,2%, num total de 8.586 unidades.
Na variação trimestral, registou-se uma subida de 6,8% no número de transações de habitação, depois dos 20,8% registados no trimestre anterior. As duas categorias registaram subidas do número de transações, de 15,2% e 5,4%, respetivamente, nas novas e nas existentes.
O valor das transações de habitação subiu 9,3% face ao trimestre anterior. No caso das habitações existentes, a subida foi de 14,6%, e nas habitações novas de 8%.
Lisboa e Norte perdem peso no total do país
No 3º trimestre, foram transacionadas 18.250 habitações na Área Metropolitana de Lisboa e 15.994 na região Norte, regiões que, no seu conjunto, representaram 60,6% do total das transações do país.
Esta é a percentagem mais baixa observada desde o 4º trimestre de 2013. O Norte registou uma descida de 1,3% da sua quota regional face ao período homólogo, o Centro uma descida de -0,8%, e o Algarve uma subida de 8,2%.
Lisboa representa 44,6% do volume de negócios
Neste período, o valor das habitações transacionadas na Área Metropolitana de Lisboa fixou-se nos 4.200 milhões de euros, 44,6% do total, mais 1,2% que no ano passado.
Norte e Centro representaram 2.200 e 1.200 milhões de euros, respetivamente, 23,4% e 13%. O Algarve somou 1.100 milhões de euros, aumentando o seu peso relativo para 11,8% do total.
Registou-se um aumento generalizado do número e do valor das transações de habitação nas várias regiões, com destaque para o Algarve, Madeira e AML, onde o crescimento homólogo no número e no valor das transações igualou ou excedeu a média nacional. Estas regiões registaram subidas de 40%, 34% e 20% em número de negócios e de 53%, 39% e 42% em valor, respetivamente.