2021 ficou marcado por uma forte valorização da habitação em Portugal (Continental), com uma subida de 12,2% dos preços face ao ano anterior. Os números são do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, apurado para dezembro.
Nesse mês, os preços acumulavam uma subida de 13,7% face ao início da pandemia, em março de 2020. Segundo a Ci, grande parte desta valorização “pós-Covid” decorreu nos últimos 8 meses, nomeadamente depois de maio de 2021.
Esta valorização acumulada de 13,7% face ao pré-pandemia contrasta com o comportamento registado na anterior crise. Entre maio de 2011 e maio de 2014, período durante o qual Portugal esteve sob intervenção da Troika, a habitação acumulou uma desvalorização de 7,4%.
A Ci destaca também dois «momentos marcantes» no que toca ao desempenho dos preços em 2021. No 1º trimestre, fortemente influenciado por um novo confinamento, seguiu-se a tendência de estabilização dos preços de venda das casas que se fazia sentir desde o início da pandemia. No final desse mesmo trimestre, registava-se um aumento trimestral dos preços de 1,2% e homólogo de 2,6%, o menor robusto dos últimos 5 anos.
A partir de abril, intensificou-se a subida dos preços, com destaque para os aumentos mensais superiores a 1% e uma valorização trimestral que viria a culminar nos 3,9%.
No final de 2021, o preço médio de venda das casas em Portugal atingiu os 1.822 euros por metro quadrado, num valor médio de 2.826 euros na habitação nova e de 1.731 na habitação usada.