Portugal voltou a registar um crescimento expressivo no setor do turismo. Em 2024, o número de chegadas de turistas não residentes atingiu os 29 milhões, um acréscimo de 9,3% face ao ano anterior, segundo dados do INE. O aumento reforça a trajetória de recuperação e expansão do setor, após o crescimento de 19,2% registado em 2023.
Espanha manteve-se como o principal mercado emissor, representando 24,7% do total de turistas estrangeiros e registando uma subida de 7,5% face a 2023. Seguiram-se o Reino Unido (12% do total), com um crescimento de 4,5%, e França (11,6%), que aumentou 2,3%.
Ao longo do ano, os vários tipos de alojamento turístico receberam 34 milhões de hóspedes, responsáveis por 88,3 milhões de dormidas – aumentos de 4,8% e 3,8%, respetivamente. O mercado interno gerou 32,3% das dormidas, com 28,5 milhões (+1,7%), enquanto os mercados internacionais contribuíram com 59,8 milhões de dormidas, refletindo um crescimento anual de 4,8%.
A presença de turistas estrangeiros representou 67,7% do total de dormidas, valor apenas superado em 2017, quando a quota dos mercados externos atingiu os 67,8%. Face a 2023, a dependência do turismo internacional cresceu 0,7 pontos percentuais. Um dos indicadores mais relevantes foi a taxa de sazonalidade, que desceu para 36,6%, o valor mais baixo desde 2013. Ainda assim, manteve-se mais elevada entre os residentes (40,9%) do que entre os não residentes (34,5%).
No que diz respeito às deslocações turísticas dos residentes, 2024 registou um total de 22,9 milhões de viagens, uma descida de 3,2% face ao ano anterior. As viagens dentro do território nacional diminuíram 4,7%, para 19,5 milhões, enquanto as deslocações para o estrangeiro aumentaram 6,2%, totalizando 3,4 milhões.
A despesa média por turista/viagem registou uma subida generalizada. No total, os turistas gastaram em média 276,6 euros por viagem (+14,1%). Nas viagens domésticas, a média situou-se nos 176,7 euros (+7,5%), enquanto nas viagens ao estrangeiro o valor médio disparou para os 843,8 euros, um aumento de 14,6% face a 2023.