O nosso país está a construir e a concluir uma média inferior a 1,5 habitações novas por cada 1.000 habitantes, o valor mais baixo dos 19 países analisados, que registam uma média de perto de 4 habitações.
Por outro lado, os países que mais estão a construir habitação nova são a Finlândia, Áustria e França.
Ludwig Dorffmeister, especialista em mercados de construção civil e imobiliário e coordenador deste estudo, aponta que o ritmo da construção «está a vacilar em locais onde os mercados superaquecidos estão a voltar agora ao normal», cita o JN. «Os mercados de Espanha, Portugal e Itália estão a andar lentamente». A previsão aponta para que a oferta de habitação nova continue a surgir em Portugal, mas a um ritmo demasiado lento dado o estado da oferta.
Por outro lado, «as taxas de crescimento no mercado de construção de novos edifícios residenciais em Espanha, por exemplo, devem continuar a desacelerar e, eventualmente, cair 2% em 2022», prevê o especialista. Nos dois países, o rácio de finalização de habitações deverá atingir nos próximos tempos no máximo duas casas por cada 1.000 habitantes.
São os vários «obstáculos do mercado» que explicam o abrandamento da construção na Europa, entre os quais a maior regulamentação ambiental, a falta de mão-de-obra, de terrenos para construir, e mesmo uma procura mais fraca em certos mercados.
É de esperar também uma estagnação do setor da construção na Europa este ano, e mesmo uma contração em 2021, apesar de «as condições para a indústria da construção permanecem favoráveis», aponta ainda o estudo.