Os números constam do boletim estatístico de julho da autarquia, ao qual a Lusa teve acesso, que monitoriza e caracteriza o licenciamento de empreendimentos turísticos, com base nos elementos constantes nos processos em curso no Departamento Municipal de Gestão Urbanística e na informação disponível no Portal do Turismo de Portugal - Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos (RNET).
Mostram que no primeiro semestre deste ano se manteve a aposta no setor hoteleiro, com 111 processos de licenciamento de empreendimentos turísticos registados, 88% dos quais dizendo respeito a novas unidades.
Destes 98 processos, 23% estão em curso, 29% com projeto de arquitetura aprovado, 9% com decisão final, e nos restantes 39% decorre o prazo do alvará de obras. 84 destes projetos são hotéis, 13 são apartamentos turísticos e 1 é turismo de habitação.
Entre os projetos hoteleiros, que agregam 92% do total da nova capacidade prevista, 52% diz respeito a hotéis de 4 estrelas, e 19% a 5 estrelas.
Se todas estas intenções de investimento se concretizarem, a oferta hoteleira da cidade pode passar de 117 para 215 unidades, e a capacidade de alojamento pode crescer 56%, das 13.761 para as 21.488 camas.
Os hotéis de 5 estrelas podem representar o maior crescimento da oferta, de 133%, e os de 4 estrelas 119%, segundo os números citados pelo Público. Destaque também para o aumento de 75% do número de unidades de uma estrela.
Maior parte dos projetos situa-se no centro histórico
A maioria destes novos projetos hoteleiros está planeada para o centro histórico da Invicta.
33% situam-se na freguesia de Santo Ildefonso, 12% em Cedofeita, 11% no Bonfim e outros 11% na Sé, num total de 67% das novas unidades hoteleiras em licenciamento.
A maior parte das unidades está projetada para a zona dos Aliados, nas ruas Gonçalo Cristóvão (6) e Bonjardim (5), de Santa Catarina (4), na praça de D. João IV (3), na rua do Infante D. Henrique (3) e nas ruas Alexandre Herculano, Duque de Loulé, Entreparedes, Flores, Monchique e de S. João, com dois projetos cada. Só estas ruas podem concentrar 40% do total da nova oferta prevista.