Ocupação de escritórios cresce 38% no Porto

Ocupação de escritórios cresce 38% no Porto

Apesar da pandemia, o mercado de escritórios da Invicta continua a crescer. É o que mostra o relatório OnOffice, da Predibisa, segundo o qual, apesar de um menor número de transações registadas (menos 4%, num total de 24 negócios), o valor médio contratado por operação aumentou para 1.183 m². Esta variação foi influenciada por 4 operações acima dos 3.000 m².

Segundo a consultora, 2/3 das transações fechadas até junho envolveram multinacionais, e 38% das mesmas dizem respeito à instalação de novas empresas na região, confirmando a crescente atratividade do Porto na área empresarial a nível internacional. Por outro lado, 50% do take up foi motivado pela expansão de área das empresas

Neste semestre, a cidade do Porto absorveu 65% da área colocada, com o CBD a liderar, com 8 transações e 9.347 m² contratados (33% do total). Seguem-se Matosinhos, com 20% da área tomada, Vila Nova de Gaia, com 10%, e a Maia, com 6%.

As empresas do setor das TMT’s & Utilities foram as mais ativas no primeiro semestre do ano, num total de 6 transações e 25% da procura, seguidas pelo setor Serviços Empresas e Outros Serviços, com 21% cada. O setor Serviços Empresas foi o responsável pela maior percentagem de ocupação, num total de 31% da área de escritório contratada.

No período analisado, a Predibisa foi responsável pela colocação de 14.403 m², cerca de 51% da área total absorvida no Grande Porto, assegurando metade do número de transações.

 

Porto consolida a sua atratividade internacional

Graça Ribeiro da Cunha, responsável da Predibisa para a área de Escritórios, destaca que «a boa performance deste primeiro semestre, no seguimento do que tem vindo a acontecer nos últimos anos no mercado de escritórios do Grande Porto, deve-se à conclusão de negócios que já se tinham iniciado no ano anterior. Por norma, as grandes empresas planeiam a sua implantação em novos países ou mesmo a sua expansão, com muito tempo de antecedência».

A responsável salienta que «a pandemia a nível mundial veio acautelar todo este processo, colocando assim alguns negócios em stand-by, ainda sem indícios de data para o seu desenvolvimento. É nossa opinião que este abrandamento poderá vir a refletir-se nos próximos meses».

A procura por espaços de escritórios no Porto continua a superar a oferta. O Grande Porto tem neste momento em pipeline cerca de 86.000 m² de escritórios, nas contas da Predibisa, cuja entrada em stock está prevista até ao final do próximo ano. Mas será insuficiente para o desfasamento entre oferta e procura.