Nova sede da Ageas em Lisboa concluída e pronta a ocupar

Já está pronta a nova sede da seguradora Ageas em Lisboa, o novo edifício da Praça Príncipe Perfeito, no Parque das Nações, assinado por Eduardo Capinha Lopes, e com os interiores a cargo da Broadway Malyan.Promovido e construído pelo Martinhal, entretanto adquirido pela Ageas, o edifício é da autoria do arquiteto Eduardo Capinha Lopes, depois de 20 anos de avanços e recuos e de muitos projetos para este lote. Explica que «o que quer que aqui se fizesse, teria de ser um edifício sem fachada principal, portanto com fachada de todos os lados, com uma leitura muito homogénea. Quem passa aqui no trânsito diariamente pode ter uma oportunidade de fazer uma nova leitura e descobrir novas coisas no edifício de cada vez. E que quem aqui trabalha consiga identificar onde está, pois os momentos da fachada são singulares», descreve, lembrando também que a incorporação do jardim já existente nas traseiras, enquanto espaço público, foi tida em conta desde o início.Com 17.400 metros quadrados, o novo edifício-sede vai concentrar os trabalhadores que até agora estavam noutro imóvel do Parque das Nações ou no Tagus Park. Gilles Emond, Head of Real Estate do Grupo Ageas Portugal, afirma em entrevista à Vida Imobiliária que este é «um grande investimento imobiliário» do grupo em Portugal. A Ageas vai ocupar 80% da área do imóvel. «desde o início que pensámos num edifício flexível, não só para instalar a sede da Ageas, como para outro inquilino. No futuro, podemos ocupar outros pisos, menos pisos ou todos».Novas formas de trabalhar pensadas desde o inícioO modelo de trabalho híbrido foi planeado para este edifício mesmo antes da pandemia, tanto que não está pensado para acolher 100% dos colaboradores em simultâneo. Todas as equipas, independentemente da área, trabalharão três dias no escritório e dois em casa, não tendo lugares fixos no escritório.João Fonseca, da Broadway Malyan, explica que «criámos aqui um “fato à medida” das novas formas de trabalhar, sem lugares marcados, sem papel, para que as pessoas trabalhem conforme as suas necessidades, pois mesmo antes da pandemia já não se sentavam à secretária das 9h às 17h».O espaço em open space tem várias phone booths e salas fechadas para maior privacidade, e o isolamento acústico foi preocupação em todo o espaço, através da colocação de alcatifas ou de outros materiais isolantes nos tetos. Também o controlo da iluminação foi uma das preocupações dos arquitetos.Quanto aos espaços comuns, o edifício conta com lobby, restaurante/cantina, terraço, zona envolvente de uso público, auditório e zona para formações, entre outros. A área média por colaborador é de cerca de 10 metros quadrados.A Broadway Malyan focou-se no uso de materiais portugueses, como o burel, madeiras, cerâmicas, mosaicos hidráulicos, ou pavimentos com grande percentagem de materiais reciclados. A sustentabilidade foi uma das maiores preocupações desde o início, nomeadamente para obter a certificação BREEAM.A Ageas tem também em construção outra sede no Porto, que será instalada no empreendimento Icon, promovido e construído pela Civilria. Gilles Emond não avançou o investimento específico em cada um dos escritórios, mas o conjunto ronda os 100 milhões de euros.

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