Os números são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Índice de Pipeline Imobiliário, indicador que mede a evolução do volume de novos projetos de promoção imobiliária residencial em carteira. Mostram que este é o registo mais baixo desde o início de 2015, momento a partir do qual o pipeline residencial tem registado um ciclo de forte crescimento, com aumentos homólogos quase sempre entre os 30% e os 50% desde 2014. Desde esse ano, o pipeline residencial no país já cresceu 400%.
A Área Metropolitana de Lisboa já registou uma quebra de 4% no lançamento de novos projetos de habitação no segundo trimestre deste ano, culminando o ciclo de desaceleração que se faz sentir desde meados de 2018, depois de ter registado crescimentos predominantemente acima dos 65% desde 2017. Na Área Metropolitana do Porto, o pipeline residencial aumentou 56% no mesmo período, o crescimento mais forte dos últimos anos, que não tinha ido muito além dos 45%.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta em comunicado que «o aumento da oferta responde, de forma direta, à valorização do mercado. E, estando o mercado já a antecipar um novo período de alguma estabilização no crescimento dos preços, é expectável que vamos assistindo a uma perda de ritmo no lançamento de novos projetos residenciais».
Explica também que «não podemos esquecer-nos que o ponto de partida para estes crescimentos prévios de 30% a 50% era bastante baixo e que nos dois últimos anos tem havido um forte aumento do investimento em promoção imobiliária residencial. Contabilizamos perto de 93 mil novos fogos em licenciamento desde 2017 e, com uma base crescente, o rácio de crescimento tende a suavizar».