A zona de Marvila, em Lisboa, está a beneficiar do anúncio da nova linha de elétrico 16E, um reforço da rede de transportes que promete acelerar a transformação do bairro e impulsionar este mercado imobiliário, segundo a Athena Advisers.
A consultora recorda que, na última década, a revitalização de Marvila trouxe um novo dinamismo a esta antiga zona industrial, mas os próximos 10 anos prometem acelerar o processo e gerar valor a longo prazo. A anunciada linha 16E, que vai ligar a Praça do Comércio ao Parque Tejo, com conclusão prevista para 2028, vai “não só transformar a mobilidade em toda a zona ribeirinha de Lisboa, mas sobretudo servir de catalisador para a revalorização e dinamização de um bairro que tem vindo a afirmar-se como um polo criativo e inovador da capital e atraído novos empreendimentos imobiliários”, pode ler-se em comunicado.
David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers, destaca que “desde a extensão da linha do elétrico, que irá aproximar Marvila do centro da cidade e da zona norte de Lisboa, aos ambiciosos projetos ribeirinhos em desenvolvimento e em pipeline, que irão trazer não só mais habitação, mas também novos parques, escolas e infraestruturas, estamos a falar de uma reimaginação completa do bairro, liderada por entidades públicas e privadas, que irá transformar o tecido urbano”.
Segundo a Carris, a nova linha de elétrico 16E será fruto de um investimento de 160 milhões de euros, e poderá transportar até 8,1 milhões de passageiros por ano, 18% dos quais novos utilizadores de transportes públicos. A linha terá 18 paragens ao longo do seu percurso, quatro das quais na zona de Marvila: Marvila, Poço do Bispo, Braço de Prata e Matinha.
David Moura-George acrescenta ainda que “este investimento, a par de outros que estão previstos por parte dos setores público e privado, reflete uma confiança crescente em Lisboa como uma capital que não se limita a preservar o seu passado, mas que investe ativamente no seu futuro. Esperamos continuar a registar interesse de investidores nacionais e internacionais, muitos dos quais estão a comprar agora com um horizonte de 10 a 15 anos, já que veem aqui reunidos vários fatores: escala, infraestrutura, planeamento urbano de longo prazo e uma relação qualidade-preço atrativa face a outras zonas da cidade mais consolidadas”.
Chama à atenção que “esta é uma oportunidade para investidores e residentes se posicionarem num bairro em crescimento. Por toda a Europa, novas infraestruturas de transporte urbano funcionam como catalisadores de valorização imobiliária, e Lisboa não é exceção. Em média, propriedades localizadas a menos de 500 metros de uma nova paragem de metro ou elétrico registam uma valorização de cerca de 10% após a conclusão das obras. Antecipamos, por isso, uma pressão contínua na subida de preços à medida que estes investimentos se concretizem”, numa zona que já tem vindo a registar uma valorização significativa nos últimos anos.
