No final de janeiro, 16,1% dos empréstimos a particulares em Portugal estavam abrangidos pelas moratórias bancárias, num total de 408.000 devedores, com um montante global de 20.000 milhões de euros, 86% dos quais respeitantes a crédito à habitação.
Os números foram divulgados pelo Banco de Portugal no BPstat, a informação estatística mensal do regulador sobre os empréstimos abrangidos por moratórias (públicas e privadas) para o período entre março de 2020 e janeiro de 2021.
8,8% dos particulares tinha pelo menos um contrato abrangido por moratória nessa data. O montante dos empréstimos à habitação sobre moratória privada era de 3.700 milhões de euros.
Por outro lado, no final desse mês, 54.000 sociedades não financeiras tinham empréstimos em moratória, num montante global de 24.000 milhões de euros (33,2% do total de empréstimos obtidos pelas sociedades não financeiras junto da banca.
As empresas dos setores do alojamento e restauração eram as que mais se destacavam concentrando 57% do montante dos seus empréstimos abrangidos por esta medida. Nos setores mais vulneráveis, 8.400 milhões de euros estavam em suspensão de pagamento, representando 34,4% do total de empréstimos das sociedades não financeiras em moratória.
Existem vários prazos em vigor para a retoma dos pagamentos. Em abril, retoma o pagamento dos juros nas moratórias públicas para as adesões iniciais que não foram renovadas nem revistas. O pagamento do capital está previsto para final de setembro, data em que termina este regime para todos, recorda a Renascença.
Já a 30 de junho, termina o prazo das moratórias privadas do crédito pessoal. Mantêm-se em vigor as moratórias do regime público e o regime privado, promovido pela Associação Portuguesa de Bancos. Apenas a moratória da Associação de Instituições de Crédito Especializado já chegou ao fim.