O banco Montepio, nos últimos cinco anos, vendeu cerca de sete mil imóveis e com estas transações arrecadou 900 milhões de euros. No primeiro trimestre deste ano, somam-se ainda 250 imóveis alienados, avançou o banco ao Eco. O Montepio, com estas transações no final do primeiro trimestre do ano, conseguiu «uma forte redução da exposição ao risco imobiliário» para os 363 milhões de euros, menos 8,8% quando comparado ao primeiro trimestre do ano transato.
De sublinhar que, entre os cerca de sete mil imóveis transacionados, 76% deste portfólio era propriedade exclusiva do Montepio. Quanto aos restantes foram alienados através dos fundos de investimento da periferia do banco, adianta o mesmo meio.
O valor líquido da carteira de imóveis do Banco Montepio, incluindo os que estão nos fundos de investimento, era de cerca de 400 milhões de euros no final de 2022. Perto de 72% dos ativos em carteira estão localizados em cinco distritos: 23% em Lisboa, 13% em Setúbal, 13% no Porto, 12% em Faro e 11% em Coimbra.
De acordo com os dados do banco, 70% dos imóveis vendidos, entre 2018 e 2022, tratam-se de alojamentos de habitação e terrenos, tendo sido vendidas, pelo menos, 2.934 casas e 1.072 terrenos. Já as outras transações foram nos segmentos de retalho, que neste período alienou, pelo menos, 138 armazéns, 592 lojas a que se somam 78 escritórios.
Entre 2018 e 2022, foram ainda vendidos outros 501 imóveis como garagens ou prédios. Fora desta distribuição estão os imóveis vendidos através dos fundos. Os escritórios e lojas renderam ao Montepio 66 milhões de euros..
A maior transação nos últimos cinco anos trata-se da venda da carteira Brick à empresa portuguesa Façanha Cristalina, que é detida por um consórcio de investidores estrangeiros. Esta carteira é composta por 1.062 imóveis, espalhados pelo país, «com uso predominantemente residencial». A transação foi fechada por 105 milhões.
Entre os compradores dos imóveis, o Montepio salienta que são «maioritariamente nacionais», sendo que cerca de 76% (excluindo os imóveis vendidos pelos fundos) estavam localizados em quatro zonas do país: Lisboa (32%), Porto (19%), Setúbal (11%), Aveiro (8%) e Faro (6%). O banco adiantou ainda que 2022 «foi o melhor ano de sempre nas vendas de retalho».