O envio do projeto do Monte Pedral para discussão pública foi aprovado esta semana por unanimidade do Executivo Municipal do Porto. Aqui deverão ser construídos cerca de 330 fogos, a maior parte com preços acessíveis, num investimento de 63,2 milhões de euros (60,5 milhões para habitação).
Este investimento será maioritariamente assegurado por privados, seguindo o modelo estabelecido pela Câmara do Porto para o projeto, com base na Política Municipal de Promoção de Habitação Acessível. O terreno municipal será cedido por um período máximo de 50 anos, mas as obras estarão a cargo dos vencedores dos concursos públicos que a autarquia fará subsequentemente, ao contrário, por exemplo, da operação de Lordelo do Ouro, cujo investimento será «destacadamente municipal».
Pedro Baganha, vereador do Urbanismo da CMP, considera que «este terreno é a grande oportunidade para a criação de uma nova centralidade na cidade», partilhou durante a reunião de câmara de segunda-feira. O principal objetivo da autarquia passa pelo «resgate deste território para o tecido da cidade que o rodeia».
Um novo “centro multifuncional”
A habitação será a parte central do novo Monte Pedral, mas o projeto «não se resume a ela», segundo a autarquia.
Aqui vão surgir novos comércios, serviços, incluindo escritórios, e uma residência de estudantes, além de uma praça ajardinada de 2.700 metros quadrados, e uma praceta interior de 1.500 metros quadrados. Será feita uma nova rua de ligação entre as ruas Egas Moniz e da Constituição.
Os espaços públicos, que somarão mais de 10.000 metros quadrados (cerca de 40% dos 25.040 metros quadrados do total do terreno) serão articulados com os privados, incluindo uma série de espaços ajardinados e «um conjunto de circuitos pedonais no seu interior», explicou Pedro Baganha.
Voltado para a rua Serpa Pinto, o edifício central do antigo quartel será transformado numa residência de estudantes que, segundo os estudos prévios, terá cerca de 100 camas.
Já os restantes edifícios serão construídos de forma autónoma e faseada, mas a câmara planeia que 5 dos 6 edifícios sejam para habitação, e um para escritórios. Todos deverão ter lojas no piso térreo, numa área bruta de construção superior a 53.500 metros quadrados.
No seu site, a autarquia recorda que após a publicação do edital, a proposta de operação de loteamento para o terreno de Monte Pedral entrará em discussão pública por um período de 15 dias úteis.