A Merlin Properties fechou o primeiro semestre do ano com uma receita total de 253.700 milhões de euros, onde se incluem as rendas brutas no valor de 248.200 milhões de euros.
A empresa espanhola assinalou um resultado operacional de 147.800 milhões de euros (31 cêntimos de euro por ação) e um resultado líquido de 132.800 milhões de euros, ao passo que o EBITDA situou-se nos 188.400 milhões de euros.
O valor bruto dos ativos fixou-se nos 11.375 milhões de euros, sem queda nas avaliações graças à reavaliação dos centros de dados. O valor líquido dos ativos ascendeu a 7.097 milhões de euros (15,11 euros por ação), um ligeiro aumento de +0,2% em relação a dezembro de 2023. Já o nível de endividamento foi de 35,6%, com uma posição de liquidez de 1.572 milhões de euros.
Analisando por segmentos, os escritórios continuaram a crescer em receitas comparáveis (+1,8%) e em rendas de renovação (+1,1%). A taxa de ocupação mantém-se estável, com uma ligeira subida, e «esperamos ultrapassar o nosso máximo histórico no final do ano, atingindo 93%», aponta a Merlin.
A carteira logística «registou um bom desempenho em mais um semestre», com um aumento das rendas comparáveis de 4,1%, um aumento das rendas nas renovações (+2,9%) e uma taxa de ocupação de 97,6%, «que irá melhorar no final do ano». Os centros comerciais registaram também um forte crescimento das receitas comparáveis (+3,3%) e crescimento das rendas nas renovações (+6,4%). A taxa de esforço mantém-se em mínimos históricos (11,5%) e o número de visitantes (+3,3%) e as vendas (+5,0%) em níveis acima de 2023.
No âmbito da Fase II dos data centers (200 MW), a licença de construção do LIS01-VFX já foi obtida e tem a potência garantida para o desenvolvimento de um campus de inteligência artificial de 100MW. O BIO02-ARA tem potência garantida para mais 94MW e a licença de construção deverá ser obtida no 4T24.
O valor bruto dos ativos da Merlin ascende assim a 11.375 milhões de euros a 30 de junho deste ano, de acordo com as avaliações efetuadas pela Savills, CBRE e JLL. Por categoria de ativos, destaca-se o valor criado nos desenvolvimentos de centros de dados e logística (53,5 milhões de euros), que compensa a perda de valor da carteira operacional (48,7 milhões de euros).