O mercado português de crédito malparado (NPL) é «um caso de estudo, tratando-se de uma das atividades na qual o nosso país está claramente na linha da frente a nível europeu». Esta é uma das afirmações de Armando Castanheira, Chief Operating Officer (COO) da Hipoges em Portugal, num comunicado do servicer enviado às redações.
“Profissionalismo, especialização, skills e maturidade acima da média”
E, de facto, Servicers como a Hipoges têm dado o seu contributo para este posicionamento: «na Península Ibérica, e especificamente em Portugal, apresentam um profissionalismo, especialização, skills e maturidade acima da média», afirma Armando Castanheira.
Para o responsável o processo de recuperação nacional é feito com total clareza e sem qualquer conotação negativa e, os servicers, estão preparados para que a atividade comece a ser regulada pelo Banco de Portugal, cumprindo já com todos os requisitos.
A Hipoges refere que grandes consultoras do mercado e Fundos Internacionais têm desempenhando também um papel importante neste ponto. As consultoras trazem aos processos de compra e venda de portfólios de NPL uma grande confiança, competitividade, informação de qualidade e alianças com os melhores Investidores e Servicers. Já os Fundos Internacionais têm sido os principais atores na aquisição destes portfólios, não existindo, assim, registo de praticamente nenhum processo que tenha ficado deserto por falta de comprador.
Os Bancos e outras Instituições Financeiras também têm feito um trabalho extraordinário desde 2018, assinala Armando Castanheira, valorizando as estratégias levadas a cabo pelo sistema bancário para reduzir rácios de NPL de 15% (cerca de 50 mil M€) para uns notáveis 3,2% (cerca de 7.5 mil M€) e destacando ainda que entre 2020 e 2022 o valor facial das operações transacionadas equivalem exatamente ao stock de NPL atualmente existente.
O COO da Hipoges Portugal refere que «tudo se encaminha para a cada vez maior otimização da recuperação dos NPL, verificando-se uma liquidação superior relativamente ao valor facial do crédito» e que «a Hipoges está naturalmente preparada para enfrentar quaisquer novos desafios que se avizinham».
Evolução económica vai pesar no futuro do mercado de NPL
Armando Castanheira considera que a incerteza económica existente, como também a substancial redução de ativos tóxicos operada pelos Bancos nos últimos anos, vão pesar no futuro do mercado de NPL.
Sendo que, para já, identifica como indicador determinante para tal a inflação que afetará empresas, e consequentemente os consumidores, com o custo adicional decorrente na aquisição de matérias-primas, energia, transportes e salários.