Quem o diz é Philipp Neimann, diretor geral para os mercados EMEA da E&V, em entrevista à Vida Imobiliária. Este interesse deve-se muito «aos mercados envolventes. Vemos que o mercado imobiliário português está a melhorar (muitos clientes internacionais, preços aumentam ligeiramente), por isso, Portugal é um dos mercados-chave para nós, como Espanha, e Itália. Por isso é que estamos a expandir muito aqui, temos novos parceiros e queremos ver vários novos parceiros também nos próximos anos».
Os resultados da empresa alemã estão a ser muito satisfatórios este ano, já que o grupo registou um aumento de cerca de 150% no volume total de vendas em Portugal em 2015, comparativamente ao ano passado. Os interessados variam de acordo com as zonas e os imóveis, mas no que concerne os valores por metro quadrado, as oscilações vão dos 1.500 aos 10.000 euros. Segundo Philipp Niemann, há vários clientes motivados pelos "golden visa” ou no RRNH, tais como chineses ou franceses, por exemplo. «Temos também vários clientes do Reino Unido, motivados porque os preços em Portugal são inferiores a outros mercados semelhantes, por isso decidem comprar em Portugal».
Para a E&V, as zonas mais dinâmicas do país são o Algarve, destino de férias por excelência, como por exemplo as zonas da Quinta do Lago e de Vale do Lobo. Já na Grande Lisboa, o maior interesse recai sobre o Parque das Nações, Restelo e zona centro, nomeadamente Chiado, Príncipe Real e Avenida da Liberdade, esta última com um aumento considerável na procura por habitação. Destaque também para Cascais e Estoril, ou ainda para as zonas da Lapa, Amoreiras ou Avenidas Novas.
Os preços estão a subir no nosso país, e continuarão a subir, segundo o responsável, mas não chegarão a valores de Itália ou Espanha: «os preços vão subir, definitivamente, e já estão a subir, mas deverão crescer em paralelo com os outros mercados do sul, que estão também a subir», explicou à VI.
No seguimento da sua aposta e dos bons resultados, a E&V pretende reforçar o seu posicionamento em Portugal. No próximo ano, o objetivo é abrir pelo menos 5 novas agências em regiões variadas: «estamos focados no país todo, queremos ser uma referência em todo o país. Vamos entrar em novas localizações, temos de estudar que mercados são mais adequados para a EV, se há as propriedades adequadas e clientes adequados à EV. E vemos que a procura está a aumentar, não só no que diz respeito aos estrangeiros, mas também por parte do mercado doméstico», e completa que «diria que 80% da procura que registamos é estrangeira, atualmente».
Para Philipp Neimann, esta procura «é de longo prazo. Há uns anos poderíamos não ter tanta certeza se este era ou não o mercado certo, mas agora não temos dúvidas». Neste contexto, o responsável salienta o crescimento do número de associados portugueses da empresa, já que anteriormente era mais comum que fossem, por exemplo, alemães. E isto é uma vantagem, já que «é muito bom porque estão muito melhor inseridos no mercado, são mais realistas».
A E&V deverá fechar o ano de 2015 com um crescimento próximo dos 150% no que diz respeito a vendas, aquele que «foi já um dos melhores anos da empresa em Portugal, foi fantástico, e por isso queremos expandir logo que possível». Comenta que «é importante para nós que a nossa rede internacional funcione muito bem, e sentimos uma grande procura dos nossos partners de todo o mundo Portugal, por isso queremos apostar aqui, para abrir o mercado a outros clientes internacionais».
O responsável conclui ainda que Portugal tem «outra coisa muito interessante para nós, que é o facto de poder ser uma ponte para o estrangeiro, por exemplo para a américa do sul, nomeadamente o Brasil ou Chile, onde já temos alguns partners. Para nós, Portugal não é só um país por si só de 2ª habitação, é também uma porta para outros mercados», afirma.