Mercado de emprego impulsiona a procura por casas em Braga (atual.)

Mercado de emprego impulsiona a procura por casas em Braga (atual.)

Bem conhecida pelo seu dinamismo empresarial e um importante pólo universitário, Braga é cada vez mais a escolha de nacionais e estrangeiros que encontram na cidade, apesar da recente evolução dos preços, um mercado habitacional atrativo e oferta de emprego.

O mercado imobiliário tem vindo a sofrer uma transformação aceleradíssima ao longo dos anos mais recentes. É quase paradoxal ver aquilo que era o nosso programa eleitoral, quando candidatos ao município, e aquilo que é hoje a realidade da cidade”, afirmou o Presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, recordando que “falou-se durante anos num excesso de oferta de parque habitacional na cidade.” Hoje “a situação é quase inversa” afirmou. “Tivemos uma afluência massiva de população à cidade. Muita dela imigrante, mas não só. Também muitos portugueses que, por força da dinâmica económica da cidade, se instalaram aqui”. Esta procura “levou a que a tal oferta excessiva fosse quase tomada por esses novos residentes, que não só esgotaram o stock disponível na cidade, mas ao mesmo tempo estão a criar uma pressão crescente sobre os preços existentes”, contou.

Nos últimos quatro anos foram criados oito mil novos empregos e para o futuro, Ricardo Rio antevê “o contínuo crescimento da cidade. Recebemos contactos, nacionais e estrangeiros quase diariamente. E isso cria um desafio à cidade, não só habitacional, mas também nos segmentos de escritórios, logística e retail”. 

Convidado da segunda edição dos Pequenos Almoços do Imobiliário, promovidos com o apoio da Century 21 e da Confidencial imobiliário, no dia 24 de julho, em Braga, o autarca, reforçou a importância da “diginidade”, mas alertando que “quando se fala em habitação importa igualmente a questão da acessibilidade. Perceber se um cidadão médio ainda consegue adquirir ou arrendar a sua casa”. Na sua opinião “felizmente, na atual conjuntura, ainda existe essa possibilidade. Existe com constrangimentos acrescidos face aquilo que existia há cinco anos, mas a verdade é que temos opções. Entre o centro da cidade ou a periferia o leque de oferta permite responder às necessidades das famílias”.

Nesta sessão participaram também Emanuel Santos, da Century 21, e Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, empresas responsáveis pelo desenvolvimento do Estudo “Acessibilidade à habitação em Portugal” e que pela primeira vez avalia a capacidade de acesso das famílias portuguesas à habitação.

De acordo com o este estudo, em Braga, o acesso a uma habitação de 90 m2 representa uma taxa de esforço de 34%, se optar por arrendamento, e de 18%, se optar pela via da aquisição. Cumprindo o pressuposto de que as famílias assumam uma taxa de esforço máxima de 33% do seu rendimento disponível, em Braga, poderão adquirir 155 m2 ou arrendar 85 m2.

Os Pequenos-Almoços do Imobiliário são organizados pela Vida Imobiliário e pelo Jornal Público Imobiliário, com o apoio da Century 21 e da Confidencial Imobiliário, em parceria com as autarquias de Braga, Porto, Aveiro, Sintra, Seixal e Portimão.

O Altice Forum Braga foi o espaço anfitrião deste evento.

 

Notícia atualizada às 10h00, do dia 26-07-2019, após a publicação do Estudo 'Acessibilidade à Habitação em Portugal'.