Maleo, o full-service office que está "na primeira linha das mudanças do mercado"

A Maleo trata-se de um novo conceito de escritórios, mais concretamente um full-service office spaces, que traz o mundo do coworking em termos conceptuais e gráficos para dentro do espaço privado das grandes corporates, tendo como objetivo ser o office manager dos seus clientes. A Vida Imobiliária esteve presente no novo centro da Maleo no Parque das Nações, aquele que é o sétimo edifício de serviced offices da empresa, onde esteve à conversa com Nishel Rajani, CEO dos Centros Maleo, que explicou o motivo de a Maleo «estar na primeira linha das mudanças do mercado de escritórios».Para estar na linha da frente, Nishel Rajani sublinha que é importante uma «adaptação às necessidades de clientes que estão também na linha da frente» que acabam por «nos pressionar ou por pedir aquilo que sentem que estão a precisar». Esta adaptação às necessidades traz experiência à empresa que, ao «aprender sobre aquilo que os clientes querem em determinado centro», consegue «juntar experiências que vamos ganhando dos centros que construímos»: assim há uma «melhoria contínua em cada centro que abrimos», declara o empresário.Relativamente aos perfil de clientes da empresa, o CEO confidencia que «temos clientes que são totalmente virtuais, que só usam as nossas salas de reunião para se juntarem, até ao extremo de clientes que têm espaços para 100 ou 150 pessoas connosco, mas que na verdade são 300, eles próprios rodam o espaço porque têm pessoas em casa». Na sua essência, tratam-se de clientes que «nos pedem mais tecnologia, mais salas adaptadas para vídeo-conferências e zonas colaborativas que já não são o futuro, mas o presente». No fundo, «tentamos criar esta maleabilidade nos espaços que temos», completa Nishel Rajani."Não somos uma empresa de coworking"O CEO distingue a Maleo de uma empresa de coworking não «com o intuito de ser ofensivo aos coworkings, mas para que os corporates entendam isto». O que de facto a empresa faz é «trazer o mundo do coworking em termos conceptuais e gráficos para dentro do espaço privado destas grandes corporates», ou seja, a Maleo arrenda um edifício, ou alguns pisos do mesmo, adapta-o a este mercado e vende um serviço chave na mão completo «on going», refere o empresário, acrescentando que a «grande vantagem é que, as grandes multinacionais, não têm de se preocupar em ter vários fornecedores de serviços», pois a Maleo é o seu office manager."Este centro é o culminar das experiências que vamos ganhando dos outros"O novo edifício da Maleo no Parque das Nações dispõe de 3 mil metros quadrados e destaca-se por ser «o culminar das experiências que vamos ganhando dos outros centros, portanto, melhoria contínua. Não numa ótica de superior aos outros centros, mas com a aprendizagem que tivemos dos outros», refere Nishel, considerando que «não é só este centro que se destaca da concorrência, mas sim a Maleo no seu todo».O CEO da Maleo indica que «o nosso crescimento tem sido bastante orgânico, ou seja, vamos crescendo quase como pressão do próprio mercado ou de clientes existentes que querem crescer». O centro do Oriente, que teve um investimento a rondar os 500 mil euros, abriu em 2021 e já está 100% cheio há algum tempo, refere o CEO, e o de Sete Rios «abriu, no mesmo ano, já com 100% da operação». No centro do Parque das Nações o investimento «rondará o 1 milhão de euros», sendo que à data de hoje a Maleo tem 1,5 milhões de euros investidos em 2022, revela o CEO.O mercado está a «absorver este tipo de conceito e a querer fazer contratos mais longos por uma questão de estabilidade», refere o empresário, indicando que o Porto «é por natureza a próxima localização em termos de cidade, mas dentro de Lisboa surgem-nos oportunidades com alguma frequência. Vai haver mais aberturas no próximo ano, não temos isto planeado, porque estamos a consolidar a operação deste centro»."As empresas estão a tentar puxar as pessoas de volta ao escritório"Face à pandemia, Nishel considera que «houve uma corrida para advocar o teletrabalho», no entanto, hoje sente que «as empresas estão a tentar puxar as pessoas de volta ao escritório». Acrescenta ainda que o modelo híbrido é um «modelo possível para equilibrar a vontade entre todos e, de facto, tem funcionado». Em termos científicos, de acordo com dados da Maleo, «podemos dizer que o mundo dos escritórios não vai voltar atrás como em 2019», completa o empresário."O ESG é o aumento de custos mais aceite de sempre no mercado"De acordo com a afirmação de Nishel, o tema do ESG «não devia sequer ser um tema, é o mundo a funcionar melhor». Confessa que na Maleo já praticavam este tema «sem ser cientificamente calculado», sendo que neste momento estão «num processo invertido de demonstrarmos o que já fazíamos, de classificá-lo e documentá-lo». O CEO atenta ainda para o facto de existirem edifícios mais antigos no centro da cidade «onde a adaptação é mais complexa, onde vamos trabalhando “grão a grão”», e os edifícios mais recentes, onde «claramente a adaptação é mais acessível». O empresário indica ainda que «as mudanças não são tão estruturais como se pensa: todos os detalhes contam quando se pensa neste tema».

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