É o que garante o presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola, Pedro Caldeira, que falava ao Jornal de Angola, fazendo um balanço das actividades da APIMA nos últimos 2 anos, avançando que o financiamento é a principal dificuldade que as empresas encontram, em particular os promotores imobiliários, e também o cliente final, que não encontra oferta suficiente para a sua procura, apesar do surgimento das novas centralidades: «Até à data, existem ainda muitos projectos habitacionais que não foram concluídos por falta de dinheiro».
Somam-se ainda a burocracia do sistema de regularização jurídica dos negócios imobiliários, taxas de juro pouca atractivas para o crédito ao consumo, falta de acesso às oportunidades de venda de imóveis nas centralidades, a inactividade do Instituto Nacional de Habitação no que diz respeito à emissão de alvarás e cédulas para a actividade no sector, ou a falta de carteira profissional.
E acusa a banca de falta de apoio: «a banca angolana tem-se portado mal com o nosso sector e, como profissionais, ao nosso ver, quer dizer que o financiador não está comprometido com o futuro, mas sim com o presente, o que não faz sentido algum». Por isso, «apelamos às entidades competentes para, em conjunto com a associação, encontrarmos soluções credíveis, para impulsionarmos o mercado imobiliário». E garante que o Governo pode contar com a APIMA «para traçar estratégias capazes de alavancar o sector imobiliário privado».