As regiões da Área Metropolitana de Lisboa, Madeira e Açores foram as mais afetadas pelo efeito da pandemia, mostram os dados definitivos divulgados esta semana pelo INE. A região de Lisboa registou uma quebra homóloga dos proveitos de -86,4%, num total de 18,2 milhões de euros, seguida pela descida de -87,6% da Madeira, para 5,2 milhões de euros, e pelos Açores, com -85,3%, num total de 2,7 milhões de euros.
As menores quebras nos proveitos de julho foram registadas no Alentejo, com uma descida de -25,1% para 17 milhões de euros, seguido pela zona Centro, com -50% (19,3 milhões) e o Norte, com -63,7%, num total de 25,4 milhões de euros.
Já o Algarve registou uma descida de -66,5% nos proveitos, num total de 70 milhões de euros, o que corresponde a 44% dos proveitos totais do país.
Foram os turistas residentes que de alguma forma mitigaram os efeitos da pandemia. Registou-se 1 milhão de hóspedes em julho, 729.000 dos quais portugueses (-31,9% em termos homólogos), e 296.000 estrangeiros (-83,4%). As dormidas de residentes diminuíram 30,8%, e as de não residentes 84,5%.
Segundo o INE, «a totalidade dos dezasseis principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em julho superiores a 65%». Destaque para a quebra expressiva de -88% do mercado irlandês, de -81,3% do mercado norte-americano e de -78,4% do mercado britânico.
Em pleno mês de época alta, 27,8% dos estabelecimentos turísticos do país não abriram portas ou não tiveram hóspedes, percentagem inferior aos 48,1% de junho.
Desde março, os proveitos turísticos fixaram-se nos 696 milhões de euros, menos 70% que o arrecadado em igual período do ano passado.