Um ano depois de começar a operar com um novo modelo de negócio na cloud, a seguradora anunciou uma nova aposta na digitalização, dando aos seus 2.000 colaboradores na Europa a possibilidade de escolherem de forma permanente o local onde querem trabalhar remotamente. Portugal é um dos países abrangidos por esta medida, juntamente com a Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte.
Preconizando a atual tendência de descentralização e flexibilização da ocupação imobiliária pelas empresas, esta era uma decisão que já vinha sendo estudada pela Liberty desde antes da pandemia e que «significa um salto para um modelo de trabalho atualizado que se adapta melhor aos estilos de vida do presente e do futuro», refere a empresa em comunicado.
A acompanhar esta transição, voluntária nesta fase, a empresa vai pagar mensalmente 55 euros brutos a cada colaborador que optar por trabalhar remotamente, num total de 650 euros brutos anuais para cobrir despesas; mantendo outros benefícios preexistentes, como o subsídio de alimentação. Além disso, neste novo modelo, os colaboradores terão a opção de passar até dois dias por semana nos escritórios da empresa, logo que que a pandemia passar, para realizar atividades especificas ou reuniões presenciais.
«Esta é uma decisão em linha com a nossa identidade e valores e que tem em conta as necessidades de conciliação da vida pessoal dos nossos colaboradores. Além disso, é mais um passo no modelo de negócio na cloud, no qual já estamos a trabalhar e que está totalmente operacional em 2024», explica Juan Miguel Estallo, CEO da Liberty Europa.
De acordo com o responsável esta mudança «é uma resposta aos desejos dos colaboradores. Através de um inquérito para avaliar a experiência de trabalho, constatámos que 93% dos colaboradores afirmam não querer voltar ao modelo de trabalho em vigor antes da pandemia. Queremos antecipar o futuro, pondo as pessoas em primeiro lugar, aumentando a eficiência e atendendo às expetativas de flexibilidade dos melhores talentos do mercado. Assim, quem trabalha na Liberty, pode viver onde preferir», remata.
Numa altura em que o teletrabalho é uma realidade dominante para a maioria das empresas, as opiniões dividem-se sobre se este será ou não um modelo dominante no futuro. Se, por um lado muitos colaboradores se mostram com pouca vontade de retomar ao anterior modelo, por outro lado cada vez mais as empresas estão cientes da importância do escritório físico como centro nevrálgico da atividade, estimulando a partilha de ideias e negócios e para solidificar a cultura empresarial. Mas, uma coisa é certa, o mercado imobiliário terá de se adaptar a esta nova realidade !