HOP pretende ser “um ponto de encontro e dinamização” no coração do Porto

O centro do Porto prepara-se para receber um novo edifício multifuncional que promete redefinir a dinâmica do quarteirão junto à Rua de Santa Catarina. Trata-se do HOP - Heart of Porto, um projeto de reabilitação urbana que transforma o antigo centro comercial La Vie Porto Baixa num edifício multifuncional, com espaços comerciais e de bem-estar. Resultado da visão conjunta da Tikehau Capital e da Quest Capital, e fruto de um investimento de 70 milhões de euros, o HOP distingue-se pelo foco em inovação, sustentabilidade e conectividade. Em entrevista exclusiva à Vida Imobiliária, Cristobal de Castro Cardo, Founding Partner da Quest Capital, apresentou o HOP como uma resposta às necessidades atuais do mercado. “O HOP – Heart of Porto é um projeto de reabilitação urbana que transforma o antigo centro comercial La Vie Porto Baixa num edifício de escritórios premium, integrando também espaços comerciais e de serviços numa localização privilegiada, junto à Rua de Santa Catarina, uma das zonas mais movimentadas e emblemáticas do Porto”, afirma. Os escritórios “distinguem-se por oferecer ambientes flexíveis, modernos e sustentáveis, ideais para empresas que valorizam a inovação, sustentabilidade e conectividade” e os espaços comerciais beneficiam de “elevada afluência pedonal e visibilidade - uma oportunidade única para marcas e operadores que procuram estar no centro da atividade comercial do Porto”. “O HOP parte de um reposicionamento estratégico, adaptando-se às novas necessidades do mercado e surge como resposta a um défice de escritórios premium no centro da cidade” O projeto marca um novo capítulo para este quarteirão, que já acolheu o Gran Plaza e o La Vie, ambas com resultados abaixo das expectativas. “Este é um quarteirão com uma longa história, mas estamos totalmente confiantes no nosso projeto, uma vez que o HOP parte de um reposicionamento estratégico, adaptando-se às novas necessidades do mercado e surge como resposta a um défice de escritórios premium no centro da cidade, confirmado por diversos estudos de mercado que levámos a cabo”, refere Cristobal de Castro Cardo. “Se a esta necessidade juntarmos as características inovadoras deste projeto, estamos a reduzir o risco e a aumentar o potencial de sucesso”, acrescenta. Escritórios representam a parte mais significativa do investimento Dos 70 milhões de euros de investimento previstos, a maior fatia será aplicada nos escritórios, que representam mais de metade do investimento. “O investimento total previsto para o projeto HOP ronda os 70 milhões de euros, incluindo aquisição, reabilitação e custos de comercialização”, explica o responsável. “Procuramos ter espaços que permitam uma experiência integrada, ou seja, espaços que combinam trabalho, lazer e bem-estar num só local. Segue-se o segmento de retalho, com 9 espaços disponíveis, estando uma parte significativa já comercializada. Neste campo, a grande aposta vai para a conveniência e proximidade”. Previsão de abertura no segundo semestre de 2026 A primeira fase da obra, dedicada à demolição e preparação do edifício, já está concluída. A construção segue agora em pleno, com previsão de abertura no segundo semestre de 2026. “Os principais desafios prenderam-se com as restrições urbanísticas e patrimoniais associadas ao centro histórico. Uma vez que se trata de um projeto de reabilitação, também existiam limitações na alteração da volumetria e fachadas principais, assim como, era fundamental uma boa integração da obra com o tecido urbano circundante e necessidade de minimizar impactos durante a obra”, relata Cristobal de Castro Cardo. “Terminada esta primeira fase da obra, a obra vai seguir em pleno, sendo que a previsão de abertura é o 2.º semestre de 2026. O objetivo é que a abertura aconteça em apenas uma fase e com o edifício totalmente funcional”, avança. “O HOP está localizado no coração da cidade, pelo que queremos promover ao máximo o uso de bicicletas e transportes públicos” Sustentabilidade é uma das grandes prioridades do projeto, refletida nas certificações visadas e nas soluções adotadas. “O HOP está localizado no coração da cidade, pelo que queremos promover ao máximo o uso de bicicletas e transportes públicos”, afirma. Por este motivo, “o projeto contempla 90 lugares de estacionamento para bicicletas. Como o estacionamento para automóveis é inevitável, temos também 42 pontos de carregamento para veículos elétricos, incentivando a mobilidade sustentável e a redução da pegada de carbono. As claraboias e espaços ajardinados contribuem para a eficiência energética e conforto térmico, enquanto o design aposta na reabilitação do edifício existente, minimizando o desperdício de recursos”. O edifício contará com certificações LEED Gold, WELL Platinum e estará em conformidade com a Taxonomia Europeia. Integração urbana foi cuidadosamente pensada Em primeiro lugar, “houve um respeito total pela estrutura já existente, tendo todo o conceito sido desenhado especificamente para este edifício, aproveitando a sua estrutura e localização estratégica no centro do Porto”, afirma. “O facto de estar localizado no centro do Porto, junto à Rua de Santa Catarina, num quarteirão com forte ligação pedonal, acesso direto ao metro permite total integração com a malha da cidade, promovendo a permeabilidade do quarteirão e reforçando a ligação entre os diferentes fluxos urbanos”. O impacto económico e social do HOP no centro da cidade é um dos pilares do projeto. “Do ponto de vista económico, a dinamização é inquestionável. Nos últimos 20 anos este quarteirão viu nascer dois projetos que não resultaram, e que comprometeram a dinâmica e o potencial que o coração da cidade merecia. O HOP oferece um reposicionamento estratégico, atrai novos negócios e tem capacidade para cerca de 2000 postos de trabalho”, sublinha. “A nível social, o retalho de rua, focado em serviços e conveniência, está voltado tanto para os utilizadores como para a comunidade local. Mais do que um edifício, o HOP pretende ser um ponto de encontro e dinamização no centro do Porto”. “O apoio da Câmara do Porto tem sido essencial na articulação dos vários licenciamentos, na definição de uma visão comum para o edifício e na promoção de um diálogo contínuo entre o setor público e privado” A presença do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na cerimónia de lançamento da primeira pedra, que decorreu esta terça-feira, espelha o envolvimento da autarquia no projeto. “A presença do Presidente Rui Moreira na cerimónia de lançamento da primeira pedra simboliza bem o apoio que temos sentido por parte da Câmara Municipal do Porto”, salienta Cristobal de Castro Cardo. Desde o início, a autarquia “tem sido um parceiro construtivo e disponível, compreendendo a importância do HOP para a regeneração urbana da cidade e para a dinamização da zona envolvente. O apoio da Câmara tem sido essencial na articulação dos vários licenciamentos, na definição de uma visão comum para o edifício e na promoção de um diálogo contínuo entre o setor público e privado. Este alinhamento tem-nos permitido avançar com confiança e manter a ambição de fazer do HOP um espaço de referência em inovação, sustentabilidade e qualidade urbana”.

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