De acordo com os números mais recentes da Confidencial Imobiliário, apurados a partir dos dados do Sistema de Informação Residencial, este resultado representa um arrefecimento do crescimento dos preços em cadeia, com esta variação mensal de 0,4% a comparar com os 1,8% registados em fevereiro. É a mais baixa desde o início de 2019, quando os preços começaram a apresentar aumentos mensais sempre superiores a 1%, à exceção do mês de agosto passado.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, destaca que «estes são os primeiros resultados do mercado já num período com influência da Covid-19. Confirmam algo que já se poderia esperar. Não surpreende que numa primeira fase se registe uma travagem no crescimento de preços».
Numa segunda fase, acredita, «é de esperar que os preços possam manter-se estáveis, dado haver ainda muita incerteza da duração da crise pandémica, havendo resistência dos proprietários em aceitar descontos elevados». E admite mesmo que «mais tarde, se possam ver oscilações maiores nos preços, muito em face de casos concretos de dificuldade financeira por parte dos vendedores. Claro está, tudo dependerá da duração da atual pandemia», ressalva.
Face a igual mês do ano passado, o Índice de Preços Residenciais da Ci registou um crescimento de 15,6%, uma descida de 0,2% face à taxa homóloga registada no final de 2019, em dezembro.
Segundo a Ci, este valor segue em linha com o comportamento recente do mercado. nos últimos anos, as variações homólogas têm variado consistentemente entre os 14,5% e os 16%, em resultado, primeiro, da valorização na cidade de Lisboa, e depois da valorização das zonas periféricas do Porto.