Segundo o ministro, que falava na Covilhã durante a assinatura do contrato do programa 1º Direito, no valor de 5,3 milhões de euros, «este é um grande desafio, que nós queremos que o País assuma. E consigamos — enquanto comunidade, enquanto país — fazermos o mesmo na habitação que fomos capazes de fazer na saúde, nas pensões e na escola pública».
Pedro Nuno Santos considera que Portugal tem de apostar em políticas públicas de habitação para criar este futuro Serviço Nacional de Habitação: «depois de muitas décadas em que deixámos os municípios sozinhos na resposta às necessidades de habitação do nosso povo, aquilo que nós estamos a fazer é a construir aquilo que nós podemos chamar, um dia, de Serviço Nacional de Habitação», cita o Observador.
Para o governante, as décadas de desinvestimento na área da habitação comparam o país «de forma vergonhosa» com o resto da Europa, nomeadamente com a Holanda ou a Áustria, e admite que há «trabalho muito árduo» a fazer.
Lembrou que, porque a habitação é uma prioridade, o próprio Plano de Recuperação e Resiliência também vai apostar nesta vertente, com um inventivo previsto para os municípios que consigam concretizar de forma célere as suas estratégias locais de habitação.
O PRR vai financiar a fundo perdido as primeiras 26.000 casas a construir no país no âmbito do Programa 1º Direito. «Este é um estímulo que nós damos para que os municípios corram a executar», acrescenta.