A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, numa intervenção na Web Summit esta sexta-feira, revelou que o novo programa de vistos para nómadas digitais, que entrou em vigor a 30 de outubro, pode ser ajustado no «curto prazo» de forma a conceder um «benefício extra» aos que escolham ir para o interior de Portugal, avança o Eco.
Rita Marques considera que o programa pode causar «um problema no imediato», com uma panóplia de estrangeiros a escolherem as cidades de Lisboa e Porto para o teletrabalho, aumentando assim os custos da habitação: «há uma dor crescente. Temos sido vítimas do nosso sucesso e isso é válido para os nómadas digitais como para o turismo também», revelou a secretária.
Portanto, no curto prazo, este visto «pode dar um benefício extra se não vier para Lisboa mas sim para o interior», afirmou Rita Marques, salientando que o foco está nos cidadãos norte-americanos e também nos portugueses emigrantes: «estamos a vender o país não só a pessoas internacionais mas a portugueses que trabalham em empresas americanas».
A secretária de Estado do Turismo reforça que os nómadas digitais podem «dar um impulso à economia», sendo que há a expectativa de que o programa «dê resultados positivos num curto espaço de tempo», declarou Rita Marques no evento.