Há de factos sinais positivos de recuperação no mercado dos escritórios flexíveis, na Europa ocidental. Segundo o report internacional Further Signs of Recovery in the EMEA Flex Office Market – Sinais da recuperação do mercado de escritórios flexíveis na região EMEA, desenvolvido pela consultora imobiliária CBRE, as empresas estão a regressar aos escritórios e aquelas que procuram soluções de curto-prazo encontram resposta para as suas necessidades nos espaços flexíveis.
De facto, de acordo com o relatório, existem ainda diversas oportunidades de crescimento e expansão dos operadores de escritórios flexíveis no mercado europeu: perspetiva-se um crescimento já na segunda metade de 2022.
Nos últimos cinco anos, Cristina Arouca, Diretora de Research e Data Intelligence na CBRE Portugal, refere que os «operadores de escritórios flexíveis representaram 7% e 3% da ocupação de escritórios em Lisboa e Porto respetivamente». No primeiro semestre deste ano, «o mesmo indicador aumenta para 11% em Lisboa e 15% na região do Porto, o que comprova o apetite por parte dos operadores e o dinamismo que as nossas cidades imprimem», indica a responsável.
André Almada, Diretor de A&T Offices, referindo que a a CBRE tem vindo a especializar-se neste segmento, relembra que «recentemente, a CBRE assessorou a We Work na abertura do seu primeiro espaço em Portugal, numa operação de 5.800 metros quadrados no centro de Lisboa e colocou também o primeiro espaço da insígnia Spaces na região do Porto, nomeadamente 4.500 metros quadrados em Matosinhos. Estas são apenas duas das operações de referência neste setor que, atualmente, não dá sinais de abrandar».
Cristina Arouca acrescentou ainda que «efetivamente para além dos operadores internacionais como a Factory, Regus, Spaces ou We Work, verificamos o desenvolvimento e crescimento de diversas empresas de origem nacional como a Golden Hub, Heden, IdeaHub, LEAP, Maleo, entre outros, que apresentam já uma oferta consolidada na cidade de Lisboa».