Fidelidade vence corrida aos terrenos de Entrecampos por €273,9M (atual.)

Fidelidade vence corrida aos terrenos de Entrecampos por €273,9M (atual.)

Os três lotes correspondentes à área da Feira Popular foram vendidos por 238,5 milhões de euros (83,1, 46,6 e 67,1 milhões de euros), mais 85 milhões de euros do que os 180 milhões que a CML previa arrecadar. Um outro lote já fora do perímetro da Feira Popular incluído na Operação Integrada de Entrecampos foi também comprado, valendo 35,4 milhões de euros. No total, a Câmara arrecadou 273,9 milhões de euros, segundo o DN.

Em comunicado, a Fidelidade explica que lhe foram adjudicados na hasta pública que decorreu esta 4ª feira «todos os lotes que compunham a antiga Feira Popular, o que lhe permitirá não só impulsionar a construção da nova sede do Grupo em Lisboa, mas também participar num projeto imobiliário verdadeiramente inovador e transformador para a cidade, que definirá uma nova centralidade, com alta criação de valor e visibilidade internacional».

Trata-se de um projeto que inclui escritórios, comércio, serviços e habitação. Para a Fidelidade, «irá certamente traduzir-se no potencial encontro com outros investidores e parceiros que, conjuntamente com a Fidelidade, tornarão este Empreendimento um ícone da nossa cidade».

Numa única localização, serão localizados os vários serviços que a seguradora tem atualmente dispersos por Lisboa. No mesmo comunicado, explica que «o  projeto Nova Sede teve início há cerca de um ano, através de uma série de estudos de soluções que procuraram assegurar uma maior eficiência organizacional e a criação de melhores condições de espaço e bem estar para os Colaboradores e, ao mesmo tempo, dar continuidade à estratégia de afirmação da marca, o que passa por construir um edifício-sede em moldes inovadores, aberto à comunidade nas suas várias dimensões e vertentes».

Pode ainda ler-se que «este investimento imobiliário é mais um passo no processo de reconfiguração do portfolio imobiliário da companhia, que reafirma, assim, o seu compromisso contínuo com Portugal, vincando a sua posição de grande investidora no nosso país e particularmente em Lisboa, num mercado com oferta presentemente muito reduzida», conclui a seguradora.

 

€85,5M “adicionais” serão aplicados em habitação

Os 85,5 milhões de euros arrecadados além dos montante que a câmara de Lisboa esperava, serão aplicados em habitação acessível noa cidade, explicou o autarca Fernando Medina no seguimento do leilão.

Citado pelo Expresso, precisa que «o resultado desta hasta hoje, ao ter superado as nossas expectativas, vai fazer com que nós tomemos desde já uma decisão, a decisão de promovermos uma alteração ao orçamento do município, para que a receita a mais que hoje o município consegue seja integralmente afeta à habitação para as classes médias».

«Hoje, com esta hasta pública, nós conseguimos resolver um problema que, há mais de 15 anos, afligia a cidade de Lisboa, que era todo o desenvolvimento da zona de Entrecampos», afirmou ainda o Edil.

 

 

(Atualizada às 18h15)