Comparativamente aos números registados em 2020, o volume de negócios do setor dos estabelecimentos hoteleiros cresceu 61% em 2021, o equivalente a 2331 milhões de euros, revela a D&B, citada pelo Publituris.
O número de hóspedes foi de 14,5 milhões, um crescimento de quase 40% face a 2020, a passo que o número de dormidas atingiu os 37,5 milhões, 45% acima do registado no ano anterior. A recuperação registada no ano passado deve-se essencialmente aos mercados estrangeiros, com destaque para os EUA, França, Itália e Reino Unido.
Em Portugal, as dormidas dos residentes tiveram um acréscimo de 38%, totalizando 18,8 milhões de euros. No estrangeiro, o crescimento foi de 52,9%, por via de um aumento da procura de residentes nos Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido.
Não foram ainda atingidos os níveis pré-pandemia, como informa a D&B, citada pelo Publituris, no entanto os valores de 2021 estão ao nível dos que foram registados em 2014. Em Portugal, considerando o conjunto de hotéis, estalagens, aparthotéis, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, motéis, pensões e pousadas, o número total de camas disponíveis em dezembro de 2020 desceu para cerca de 344 800, menos 22% do que no ano anterior.
A consultora indica que «pouco mais de metade do total de camas (51%), correspondia a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local com 17,6%, os aparthotéis com 10,6%, os apartamentos turísticos com 8,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,8%), os aldeamentos turísticos (4,8%) e as pousadas (0,5%)», indica a consultora.
A atividade do alojamento turístico está concentrada maioritariamente nas zonas do Algarve, onde se localizavam cerca de 33% das camas disponíveis, no Norte e em Lisboa, ambas com cerca de 18%, e na zona Centro, com 16%. Os hotéis de maior dimensão situam-se no Algarve, «ascendendo a 256 o número médio de camas por hotel nesta zona disponíveis em dezembro de 2020, muito acima das 146 camas do conjunto de Portugal», acrescenta a D&B.