No ano passado, o Estado arrecadou 1.428 milhões de euros com o IMT, o que corresponde a uma subida 57,8% face a 2017, de acordo com as mais recentes estatísticas da Autoridade Tributária e Aduaneira. Com este imposto, que é cobrado sempre que alguém compra uma determinada casa, o Estado angariou 523 milhões de euros para os cofres públicos, em cinco anos. Cerca de 92% do valor total arrecadado, o equivalente a 1313 milhões de euros, vai para os bolsos das autarquias.
Em 2020, a arrecadação do IMT caiu 5% para 1057 milhões de euros face a 2019, ano onde tinha registado uma coleta de 1110 milhões de euros, uma subida de 7% quando comparado a 2018. Os valores do IMT, entre 2017 e 2021, subiram gradualmente, com exceção do ano da pandemia.
Os preços de habitação e a perda de rentabilidade dos depósitos a prazo têm vindo a disparar, por conta dos baixos juros praticado pelos bancos, assim sendo cada vez mais o imobiliário é relevante para os investidores. Arrendar pode ser uma alternativa mas mais cara do que adquirir uma casa, tendo em conta a subida dos valores no mercado do arrendamento, revela o Idealista/news.
Apenas no primeiro semestre deste ano as administrações públicas regionais e locais arrecadaram 882 milhões de euros com o IMT, uma subida de 51,8% face ao mesmo período de 2021, de acordo com a sínteste de execução orçamental de junho.
De recordar que, este ano, o OE22 atualizou os valores dos imóveis, de modo a colmatar esta subida dos preços. Assim sendo, imóveis para habitação própria e permanente até 93 331 euros estão isentos. No ano passado, este montante era de 92 407 euros. Os prédios entre 580 066 e 1 010 000 têm uma taxa única de 6%, sendo que, acima dos 1 010 000, a taxa sobe para 8%.