Escritório do futuro vai ter mais flexibilidade e tecnologia

Escritório do futuro vai ter mais flexibilidade e tecnologia

É esta uma das conclusões do novo guia prático Re-Imagine, lançado pela Tétris, empresa do grupo JLL, para ajudar as empresas a repensar o espaço de trabalho no “novo normal”.

João Marques, diretor geral da Tétris, explica que «vivemos hoje uma nova realidade, um novo normal, em que os cuidados com a saúde e a segurança dos colaboradores assumiram uma centralidade nunca vista, ao mesmo tempo que processos como o teletrabalho foram acelerados e implementados quase de forma generalizada. Todo este novo contexto está a fazer-nos reavaliar a forma como usamos o escritório e o que realmente queremos dele em termos de dimensão, de design e de tecnologia, e até de localização. Muitas empresas estão a re-imaginar o seu local de trabalho a partir de novas premissas e é precisamente para as apoiar neste processo que lançamos este guia, onde identificamos os aspetos centrais no escritório do futuro».

 

Mais espaços comuns flexíveis

Os novos espaços Pivot deverão permitir uma maior colaboração segura nos diferentes períodos do dia, adaptados para as diferentes equipas, numa altura em que o escritório é também cada vez mais visto como um local para o trabalho de equipa e socialização corporativa.

Estas devem ser áreas multifuncionais desenhadas para várias tarefas e para impulsionar o trabalho de equipa, refletir a cultura da empresa e criar um sentido de comunidade. De acordo com a Tétris, a delimitação ou diferenciação entres estes espaços poderá estar no mobiliário utilizado, o qual é também crucial para cumprir os objetivos de distanciamento, de dimensão das equipas, e, em última análise, incrementar a produtividade.

João Marques destaca que «com a emergência do teletrabalho e a perceção de que o trabalho de concentração poderá ser realizado em qualquer lugar, a atenção do escritório centra-se agora nas tarefas que requerem um espaço comum. Reuniões, troca de ideias e a colaboração com os colegas serão centrais nos escritórios do futuro e o design tem que pensar em espaços para o desempenho destas tarefas específicas, que no fundo funcionarão como espaços Pivot».

Quanto mais flexíveis forem estes espaços, mais deverá acelerar o uso de tecnologia, que é vista como essencial para a gestão eficiente de um espaço com elevada rotatividade. A Tétris prevê que as empresas usem cada vez mais portais ou aplicações para gestão das horas de trabalho, questionários de saúde, reconhecimento biométrico, reserva de salas, controlo de temperatura e luzes, sem falar das questões de gestão de instalações e limpeza.

 

Design sustentável ganha importância

O design sustentável vai ter uma relevância acrescida neste novo escritório, já que o bem-estar dos colaboradores e do planeta serão centrais.

Para ter um escritório mais sustentável, as empresas podem optar desde logo por materiais e soluções energéticas e que garantam conforto térmico e acústico, iluminação, qualidade do ar e da água, ou gestão de resíduos.

João Marques nota que «um escritório saudável e sustentável, quer para os seus utilizadores quer para o planeta, é um novo standard para as empresas. O design sustentável é um ativo central na atração de talentos de topo e na promoção dos valores corporativos. A expetativa dos colaboradores em relação à qualidade ambiental dos espaços de trabalho evoluiu».

 

Escritórios da JLL dão o exemplo

João Marques dá o exemplo dos novos escritórios da JLL em Lisboa, que estão a ser renovados e implementam estes novos conceitos.

«Estamos a criar um espaço inovador, mais tecnológico e sustentável, para que os nossos colaboradores e clientes se sintam seguros e confortáveis», explica. «Uma das medidas passa por reduzir a densidade das zonas de trabalho. Onde antes tínhamos 200 postos de trabalho, vamos ter 150, incentivando a rotatividade entre o trabalho escritório/casa, privilegiando novas áreas mais amplas de encontro, reunião e socialização das equipas».

Por outro lado, «além de estarmos a apostar na criação destes novos espaços Pivot – auditório, espaços comuns, e um work café -, teremos uma política de “clean desk”, em que cada colaborador terá um cacifo próprio para que possa deixar a secretária livre no final do dia», conclui.