A ERA Portugal superou os 100 milhões de euros de faturação em 2024 que foi, assim, o melhor ano de sempre da empresa, que movimentou 2.000 milhões de euros neste período.
Rondando os 102 milhões de euros, a faturação registou um crescimento de cerca de 22% face a 2023. Para este resultado, contribuiu a performance da operação no segundo semestre do ano, com um aumento de 33% face a igual período de 2023. Só no 4º trimestre, o aumento da faturação foi de 49%, e dezembro foi o melhor mês de sempre para a rede, em que a faturação superou os 11 milhões de euros.
No que toca ao número de transações, a subida foi de 12% face a 2023. O ticket médio das vendas só no segmento residencial foi de 200.566 euros, mais 2% que em 2023 no mesmo segmento.
A ERA teve cerca de 37.000 novos imóveis para venda em 2024, um aumento de apenas 0,5% no 2º semestre, face ao período homólogo, o que evidencia uma certa estabilidade deste indicador. Os números da rede mostram que não existem grandes alterações do lado da oferta no mercado, o que já acontece há vários anos. Mas dezembro registou valores atípicos, nomeadamente uma subida de 15% face a dezembro de 2023.
Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, explica em comunicado de imprensa que «apesar de 2023 não ter sido o melhor dos anos para todo o setor e, consequentemente, também para nós, a verdade é que em 2024 nos conseguimos superar a todos os níveis». Aponta que «o forte investimento em expansão e tecnologia potenciaram estes resultados. Por um lado, a expansão da rede: abriram-se 19 novas agências em 2024 (+25% face a 2023). Por outro lado, a aposta na tecnologia trouxe-nos um crescimento mais sustentável, garantindo maior produtividade às nossas equipas através de algumas ferramentas de marketing digital, que vieram agilizar e otimizar o negócio».
Rui Torgal explica também que «outro dos fatores decisivos para os recordes atingidos em 2024 passou por um reforço da aposta na formação interna que, por sua vez, redundou num melhor serviço prestado e numa maior profissionalização do setor, que tem sido uma das nossas bandeiras». Em 2024, a ERA realizou 75 ações de formação, num total de 880 horas, que contaram com 1.333 participantes. «Tivemos ainda a uma grande preocupação em descentralizar a par da expansão da nossa rede, desenvolvendo formações em Lisboa, Porto, Viseu, Algarve, Funchal e Ponta Delgada».
Os clientes compradores da ERA aumentaram 11% em 2024, o que «demonstra a crescente pressão do lado da procura no mercado», segundo a rede, pressão essa que se acentuou na segunda metade do ano, com um aumento de 11% face ao semestre anterior e de 24% face ao período homólogo.
No que diz respeito aos clientes vendedores, a ERA registou uma descida apenas no 1º trimestre, e subidas no resto do ano, de 3%, 4% e 6% em cada trimestre, respetivamente, acompanhando o maior dinamismo do mercado.
Os portugueses continuam a ser a nacionalidade que mais compra na rede ERA, representando 78% dos clientes de 2024 (+4,2% que no ano anterior). Entre os estrangeiros, o mercado mais representativo é o Brasil, seguido pelo Reino Unido, França, Angola, Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos, Ucrânia, Espanha e Rússia.
Rui Torgal conclui que «apesar do ceticismo provocado no setor por um ano de 2023 bastante desafiante, sempre estive confiante de que 2024 poderia ser um ano ímpar para nós em termos de negócio. As medidas lançadas pelo atual Executivo de incentivo à compra de casa por parte das gerações mais jovens veio trazer uma dinâmica muito importante ao mercado, sobretudo no 2º semestre, sustentada também por um contexto macroeconómico mais favorável devido, principalmente, à redução das taxas de juro. No entanto, os números apontam para um crescimento da ERA acima dos valores de mercado, o que indica que ganhámos quota de mercado. Agora, com a barreira simbólica dos 100 milhões ultrapassada, o objetivo é duplicar este registo nos próximos cinco anos, como havíamos projetado aquando da mudança do modelo de negócio em 2023».