Engexpor entra em 2025 com grandes expetativas

“2025 é um ano em que temos a ambição de conquistar grandes projetos. E, face ao nível avançado de negociações que temos tido, estamos muito confiantes que o vamos conseguir e, assim, impulsionar fortemente o nosso crescimento no mercado nacional”, que deverá rondar os 15% face a 2024, afirma o responsável em entrevista à Vida Imobiliária. Além disso, continua, “é também o ano em que esperamos conseguir poder evoluir para outros países na Europa, dando início a uma nova etapa da nossa internacionalização, que avançará de forma muito gradual”. No rescaldo de um 2024 a dois ritmos, em que o negócio terminou alinhado com os resultados de 2023 e no qual a atividade só se intensificou a partir do segundo semestre; “começámos 2025 com várias solicitações de propostas, e posso mesmo dizer que nunca tivemos um início de ano tão intenso em atividade comercial no mercado português. E, portanto, não só contamos ter boas novidades para partilhar em breve, como temos muito boas expetativas para os próximos dois a três anos”, garante Miguel Alegria. Uma das grandes novidades para 2025 é o reforço da aposta da Engexpor no setor das infraestruturas em Portugal, adianta o responsável. Simultaneamente, “estamos também a olhar com muita atenção para as novas oportunidades que surgem no setor industrial; pois sentimos que o nosso país está, de facto, numa fase bastante positiva de reindustrialização, que envolve projetos com uma escala e uma complexidade muito diferente do que é tradicional no setor imobiliário, e que não existiam num passado recente. Há hoje um apetite muito grande pelo mercado de data centres, quer em Portugal quer em Espanha; mas temos vindo também a assistir a muitos outros projetos de relevo quer na área das energias, na área da produção de baterias de lítio, ou mesmo na área farmacêutica; e queremos fazer parte deste movimento”, afiança. Miguel Alegria, CEO da Engexpor “Evoluímos como o mercado nos pede” Uma referência nacional na Gestão e Coordenação de Projetos, Engexpor nasceu há 40 anos e, ao longo deste percurso tem sabido antecipar-se e conduzir as mudanças internas necessárias para se manter na linha da frente do mercado. “Evoluímos como o mercado nos pede”, e foi neste âmbito que “em janeiro de 2017 demos início a um grande projeto de transformação, assente na modernização tecnológica, no rejuvenescimento das nossas equipas e quadros e, também, no próprio rebranding da empresa, que nos permitiu estar preparados para o grande crescimento que temos vivido nestes últimos oito anos”, frisa o CEO. Prestando serviços de gestão de projeto A a Z, a Engexpor integra uma equipa de 320 profissionais (180 dos quais em Portugal) e elegeu quatro setores chave para a sua atividade: indústria, infraestrututuras, energia e imobiliário; no âmbito dos quais atua em várias tipologias de projetos, desde parques solares e eólicos, à construção de fábricas e centros de dados, a obras aeroportuárias ou a investimentos na habitação, escritórios ou turismo, entre tantos outros. “A gestão de projeto continua a ser o nosso core business, mas ao longo dos anos fomos diversificando os setores em que atuamos e a tipologia de projetos em que intervimos, e abrimos novas áreas de negócio complementares para apoiar quer os nossos clientes quer o trabalho que desenvolvemos internamente, nomeadamente de Technical Advisory, Environmental Advisory e de Serviços Digitais e que vêm, no fundo, consolidar a nossa presença na gestão integral de projeto”, diz. Internacionalização 2.0 com destino à Europa Ainda que uma presença internacional há muito que faça parte do dia a dia da Engexpor, um dos atuais objetivos estratégicos atuais é avançar com uma espécie de internacionalização 2.0, retirando o foco nas economias lusófonas emergentes e redirecionando-o para o mercado europeu. “Num passado mais longínquo, tivemos intervenções pontuais em Espanha, Itália e Roménia, e também tivemos empresa no Perú e na Colômbia. Mas, nos últimos dez anos temos estado focados em quatro países onde temos escritórios e equipas próprias: Portugal e Brasil, que é onde temos maior atividade, e também Angola e Moçambique; mas temos muita vontade de crescer para outros países no futuro”, começa por dizer Miguel Alegria. “Olhando em diante, o nosso objetivo é prosseguir com esta grande aposta que temos vindo a fazer nos campos da inovação, modernização e da tecnologia; e temos em curso um pacote muito grande de investimento não só para modernizar ainda mais a empresa, nomeadamente melhorando as nossas plataformas, recorrendo a IA para melhorar processos administrativos e por aí fora; mas também para melhorar as condições de trabalho das nossas equipas e a nossa própria imagem; pois entendemos que isso também nos permitirá progredir para outros países novos”, diz. Neste sentido, continua Miguel Alegria, “gostávamos de expandir gradualmente a nossa atividade para países europeus pois entendemos que a entrada nesses mercados, embora possa ser inicialmente mais desafiante para uma empresa da dimensão da nossa, se for bem-sucedida é um garante de maior longevidade e sustentabilidade para a Engexpor pois tratam-se de mercados muito menos oscilantes em termos económicos”. Posto isto, “neste momento estamos a olhar com atenção para a Europa e a estudar como podemos encontrar o nosso espaço e dar esse passo para crescer, sendo que Espanha e Itália são os países que para nós se mostram mais atrativos nesta fase. Nos últimos anos temo-nos cruzado com muitos parceiros internacionais e constatamos que a nossa capacidade de trabalho é tão boa, ou em alguns casos até melhor; e, portanto, não sentimos que haja dificuldade em prestar um serviço de nível elevado noutros países mais desenvolvidos que o nosso. E, daí este nosso objetivo de progressão”, remata. Entretanto, “em 2025, tendencialmente vamos reduzir a atividade nos mercados internacionais onde já estamos: em menor escala no Brasil, em maior escala em Angola, fruto da crise económica pela qual o país está a passar e, eventualmente, suspender a atividade em Moçambique, devido ao atual contexto e à instabilidade política que se vive por lá. Mas, para Portugal temos como objetivo crescer 15% face a 2024, o que dado volume de atividade que já temos em marcha é uma meta perfeitamente possível”, conclui. “Sentimos que o nosso país está muito dinâmico, com vários investimentos a decorrer em diferentes áreas de atividade e, por isso, começamos o ano cheios de força!”

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