Nos dois primeiros meses deste ano, as empresas ocuparam um total de 45.500 metros quadrados de escritórios na zona de Lisboa, um crescimento significativo face aos 10.000 metros quadrados tomados em igual período de 2021, que coincidiu com o segundo confinamento.
De acordo com a análise do Office Flashpoint da JLL, janeiro foi um mês de forte atividade, mas fevereiro «deu o principal contributo» para o resultado acumulado, com 70% do take-up gerado, num total de 32.200 metros quadrados.
O desempenho deste mês foi influenciado por uma operação de pré-arrendamento da nova sede da Fidelidade na zona 3, numa área de 28.000 metros quadrados, a representar mais de metade da área tomada no mercado. Assim, esta foi a zona mais atrativa do mês, com 93% da área tomada, e o setor Serviços Financeiros foi o mais dinâmico da cidade.
Entre janeiro e fevereiro foram contabilizados 26 negócios de arrendamento de escritórios, com uma área média de 1.750 metros quadrados. Em fevereiro, registaram-se 11 operações, com a área média a subir para 2.930 metros quadrados. À exceção da Fidelidade, todas as operações são para ocupação imediata.
Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, comenta em comunicado que «mesmo isolando o efeito desta operação da sede da Fidelidade, confirmamos que o mercado está com muita vitalidade. São mais de 17.500 m2 tomados, num crescimento de 75% face ao ano passado e todos para ocupação imediata. Fevereiro vem confirmar a boa dinâmica de janeiro e faz-nos antecipar o regresso do mercado de escritórios aos níveis pré-Covid».
A responsável completa que «em relação ao mercado do Porto, a atividade está também dinâmica face a 2021 e é igualmente dominada por operações de ocupação imediata. A grande diferença dos níveis ocupacionais face a Lisboa tem obviamente a ver com o dimensionamento do mercado e com limitações de disponibilidade de oferta qualificada para tomada imediata, porque falta de procura não existe, conforme mostram os dados do acumulado do ano».
Destaque ainda para o Porto, que somou os 3.000 metros quadrados de take-up nos dois primeiros meses do ano, 600 metros quadrados dos quais em fevereiro. A ocupação acumulada mais que duplica face a janeiro e fevereiro de 2021, com destaque para a zona do CBD Boavista com 57% do total. As empresas de Serviços a Empresas representaram 47% do total da área tomada. Foram registadas 7 operações no período analisado.