É o que conclui o relatório “Logistic Operator’s Survey”, feito pela Cushman & Wakefield nos meses do verão, logo após o levantamento do confinamento, e que abrangeu um total de 31 operadores respondentes. 42% pertencem ao setor tradicional dos transportes logísticos e 48% a subsetores emergentes, como o last mile ou armazenamento.
O documento destaca a resiliência dos ocupantes deste setor, com a perspetiva de uma procura saudável impulsionada pelo crescimento do ecommerce ao longo dos próximos anos, o que sustenta um mercado de arrendamento forte. Adicionalmente, 57% dos operadores não reporta problemas na cadeia de distribuição relacionados com a pandemia, e 70% não esperam descidas das rendas em consequência disso.
Segundo este inquérito, metade dos inquiridos já lida diariamente com o ecommerce, área que representa até 9% da faturação anual da maioria dos operadores. 53% afirma não ter precisado de fazer qualquer investimento para adaptar a sua infraestrutura a este tipo de atividade.73% dos que não trabalham ainda no setor afirmam que tencionam fazê-lo nos próximos anos, e 53% consideram que não tem oportunidade para tal ou decide não fazê-lo por razões estratégicas.73% acreditam que o ecommerce é uma boa oportunidade para o seu negócio nos próximos 2 ou mais anos.
52% dos inquiridos operam em espaços arrendados. 58% ocupam unidades com mais de 10.000 m², e a maior parte expandiu as instalações ocupadas nos últimos 5 anos, 26% em mais de 20.000 m². No que diz respeito aos planos de expansão a curto prazo, 23% dos inquiridos preveem expandir a sua ocupação entre 10.000 e 20.000 m² nos próximos 2 anos.
Entre as principais necessidades dos operadores logísticos estão docas de descarga e pé direito superior a 9 metros (30%). Ao nível da localização, valorizam principalmente boas acessibilidades rodoviárias (33%) e proximidade dos clientes (22%). As certificações de sustentabilidade e os processos de robotização são referidos como as principais tendências de crescimento ou o futuro do setor.