É o que mostra o Índice do Alojamento Local da Confidencial Imobiliário, que confirma que este comportamento decorre do impacto da Covid-19, «embora se tratem de descidas relativamente contidas quer no contexto da atual conjuntura, de travagem brusca da atividade ocupacional, quer no contexto do histórico destes mercados», ressalva a Ci.
Já foram registadas descidas em cadeia mais acentuadas em períodos anteriores, antes da pandemia, nas duas cidades. Em Lisboa, registou-se uma variação de -9% em outubro de 2017. No Porto, registou-se uma descida de 16% em outubro de 2017 e de 11% em outubro de 2018
De notar que janeiro deste ano já registava uma tendência de estabilização das diárias, com uma variação nula em Lisboa e uma subida de 2% no Porto.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, destaca que «neste início de ciclo em que o mercado se defrontou com uma ausência praticamente total de turistas, o choque fez-se sentir sobretudo nos níveis de ocupação e no número de noites vendidas, que caíram abruptamente, sem um ajuste muito acentuado nas diárias».
E prevê que «com o regresso gradual da atividade turística numa nova fase progressiva de desconfinamento, é natural que passe a verificar-se uma descida mais expressiva nas diárias, até como forma de atrair mais procura».
Nota ainda para as variações homólogas das diárias médias anuais do AL, que subiram 2% em Lisboa, face a maio do ano passado (variação de 13% em janeiro) e desceram 3% no Porto (variação nula em janeiro).