A conclusão tem por base com base na informação estatística setorial disponível até ao final de agosto, justifica a associação em nota enviada à imprensa.
Com efeito, em agosto o consumo de cimento no mercado nacional observou um crescimento de 13%, em termos homólogos, elevando o consumo desta matéria-prima para 2,4 milhões de toneladas desde o início do ano, o que corresponde a um crescimento de 10,3% em termos homólogos acumulados.
Relativamente às licenças emitidas pelas autarquias para construção de habitação nova, nos primeiros sete meses de 2020, «assistiu-se a uma quebra menos intensa que a registada nos meses anteriores, tendo-se apurado uma variação em termos homólogos acumulados de -2,5%». Quanto, ao licenciamento de fogos em construções novas, o decréscimo foi de 4,4%, em termos homólogos, para um total de 13.456 habitações.
Entre abril e junho de 2020 foram transacionados 33.398 alojamentos familiares num montante global de 5.145 milhões de euros, traduzindo uma descida homóloga anual de 21,6% em número e de 15,2% em valor. «Neste caso, o desempenho do mercado imobiliário acompanhou a evolução das restrições impostas no contexto da pandemia COVID-19. Efetivamente, no mês de abril, período durante o qual vigorou o estado de emergência, foi o mês em que se observou a maior contração, em termos homólogos, do número de transações (variação de -35,2%) e nos meses de maio e junho, com o início do desconfinamento, as reduções foram menos expressivas, registando-se taxas de -22,0% e -7,6%, respetivamente, aproximando-se dos números verificados no primeiro trimestre», explica a mesma fonte.
Ao nível dos preços dos imóveis, a tendência global de crescimento permanece inalterada, com o índice de preços da habitação a valorizar-se 7,8% em termos homólogos no 2º trimestre de 2020. Enquanto isso, os valores de avaliação bancária na habitação atingiram um novo máximo histórico em julho, com um aumento de 8,0%, face ao mesmo mês de 2019. A concessão de crédito para compra de casa também manteve uma tendência positiva até julho, com um crescimento em termos homólogos acumulados de 6,5%, para 6.273 milhões de euros.
No segmento dos edifícios não residenciais, até julho assistiu-se a uma contração de 4,5% na área licenciada pelas autarquias em comparação com os primeiros sete meses do ano passado.
Já no segmento de engenharia civil, o mercado de empreitadas de obras públicas permanece estável. No entanto, ainda que o volume de contratos celebrados registe uma variação homóloga temporalmente comparável positiva, de 14,4% até final de agosto, os níveis verificados continuam a situar-se muito abaixo dos valores apurados para o total de concursos promovidos, ou seja, objeto de abertura de procedimento.