Na quarta-feira, em reunião pública do executivo camarário, a Câmara de Lisboa resolveu submeter a discussão pública, durante 20 dias, o projeto de renda acessível para o Alto do Restelo, que prenuncia a construção de 400 habitações, segundo o Público.
A proposta, apresentada pelos vereadores do PS e pela independente do Cidadãos por Lisboa, foi subsequentemente subscrita pelo PCP, BE e Livre, com destaque para a abstenção da liderança PSD/CDS-PP.
O motivo assenta na última versão do projeto no contexto do PRA para o Alto do Restelo, localizado na freguesia de Belém, aprovada em 30 de Julho de 2021, do qual o financiamento e promoção estaria inteiramente a cuidado do município.
De acordo com o Público, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, ratificou que há «uma dissonância cognitiva» relativamente ao projeto, em que nos momentos de participação pública se constatou «uma indignação total»” dos residentes.
De referir que, a proposta inicial, que gerou críticas tanto dos autarcas, como dos moradores, calculava 15 pisos com a construção de 629 fogos, sendo que por volta de 30% eram remetidos ao mercado privado e 70% para o Programa de Renda Acessível, contudo estes números foram comprimidos para, nomeadamente, oito pisos e 460 habitações, todas a preços acessíveis.